Índice é o mais baixo desde dezembro
O dólar recuou 1,51% nesta terça-feira, e fechou o dia cotado a R$ 5,1460, o menor valor desde 21 de dezembro. Embalada pelo avanço de 1,2% no Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, a Bolsa brasileira (B3) encerrou ontem em alta de 1,63%, aos 128.267,05 pontos, na terceira quebra consecutiva de recorde de fechamento.
Para a queda do dólar, contribuiu o superávit comercial recorde para o mês de maio, que somou US$ 9,3 bilhões. Também ajudou o ambiente de busca por risco no mercado internacional, que estimulou fluxo para o Brasil e mais desmonte de posição contra o real no mercado futuro. O Bank Of America melhorou a previsão para a moeda, de R$ 5,40 para R$ 5,20 em dezembro.
A XP manteve sua projeção de 145 mil pontos para o Ibovespa no fim de 2021, com destaque para o aumento nas expectativas de lucros das empresas do índice.
Para a economista-chefe do Credit Suisse no Brasil, Solange Srour, a surpresa positiva do PIB mostra que o Brasil pode crescer mesmo sem estímulo fiscal, embora ainda tenha de avançar em questões estruturais, como as reformas, especialmente a administrativa, pelo efeito futuro sobre os gastos obrigatórios.
Entre os ganhos do índice, chama atenção a alta de 1,56% e 2,18% de Petrobrás ON e PN, em dia no qual o petróleo alcançou o maior valor desde maio de 2019, cotado a US$ 70 o barril. No lado oposto, com a queda do dólar, ações de exportadoras como Klabin e Suzano cederam 2,39% e 2,19% cada. Vale ON recuou 1,38% mesmo com a retomada do preço do minério de ferro na China, que contribuiu para o avanço do setor de siderurgia, com destaque para CSN ON, em alta de 5,54%.