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sexta-feira 22 novembro 2024
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Dólar passa de R$ 4,28 e fecha no maior nível desde criação do real

Possíveis efeitos do coronavírus e queda da Selic impactaram mercado

dólar alta
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Em um dia marcado por forte volatilidade no mercado financeiro, o dólar subiu e voltou a fechar no maior valor nominal desde a criação do real. O dólar comercial encerrou a quinta-feira vendido a R$ 4,286, com alta de R$ 0,047 (1,11%).

A divisa chegou a abrir em baixa. Na mínima do dia, por volta das 9h, caiu abaixo de R$ 4,22. O câmbio, no entanto, reverteu o movimento e passou a subir no início da tarde, até encerrar na máxima do dia. O dólar acumula alta de 6,8% em 2020. O euro comercial também subiu e fechou o dia em R$ 4,703, alta de 0,93%.

Nem a intervenção do Banco Central (BC) segurou a cotação. Hoje, a autoridade monetária leiloou US$ 650 milhões para rolar (renovar) contratos de swap cambial – que equivalem à venda de dólares no mercado futuro – com vencimento em abril.

A turbulência repetiu-se no mercado de ações. Depois de três dias seguidos de alta, o índice Ibovespa, da B3 (antiga Bolsa de Valores de São Paulo), fechou o dia com queda de 0,72%, aos 115.190 pontos.

Os negócios foram marcados, mais uma vez, pelo receio de que o novo vírus descoberto na China traga impactos para a segunda maior economia do planeta. O confinamento dos habitantes de diversas cidades afetadas pela doença reduz a produção e o consumo da China. O anúncio de que o governo chinês vai reduzir em US$ 75 bilhões as tarifas que incidem sobre produtos norte-americanos, aliviando a guerra comercial, não acalmou o mercado.

A expectativa de desaceleração da economia chinesa impacta diretamente países como o Brasil, que exporta diversos produtos, principalmente commodities (bens primários com cotação internacional) para o país asiático.

A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de reduzir a taxa Selic – juros básicos – para 4,25% ao ano, o menor nível da história, também interferiu nas negociações. Isso porque juros mais baixos retêm a entrada de capitais estrangeiros no Brasil, também puxando a cotação para cima.

FONTE Agência Brasil/

Publicado por

Ricardo Pont




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