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terça-feira 7 maio 2024
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Dino sugere aumento do policiamento estadual em escolas nos próximos dias

Dino sugere aumento do policiamento estadual em escolas nos próximos dias

Medida vai ser proposta em documento aos governadores

Foto: TOM COSTA / MJSP

Em coletiva, nesta quarta-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino anunciou que vai propor novas medidas aos governos estaduais para combater as ameaças e casos de violência em ambientes escolares.

O ministro afirmou que vai encaminhar aos estados um documento com sugestões como reforço do policiamento ostensivo, principalmente nos próximos dias, devido à “multiplicação de postagens” com ameaças sobre o dia 20, em alusão aos 24 anos do Massacre de Columbine, nos Estados Unidos.

Conforme o ministro, o governo federal também vai sugerir que os estados criem comitês de segurança escolares. O objetivo é que o tema possa ser discutido por todas as partes interessadas: autoridades de segurança, Ministério Público, profissionais do ensino e sociedade civil.

Também nesta quarta, o governador Eduardo Leite se reuniu com o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, e com a secretária da Educação, Raquel Teixeira, no Palácio Piratini, para tratar das estratégias e ações para garantia da segurança no ambiente escolar.

O ministro Flávio Dino ainda anunciou uma nova portaria com medidas práticas para prevenção de casos de violência em escolas, sem prazo de validade. O foco do documento, conforme explicou o ministro em coletiva, é o controle de conteúdos em redes sociais.

“Não se trata, portanto, de uma regulação ampla dos serviços, mas de uma regulação estrita, especifica, para ameaças contra estudantes, crianças e adolescentes”, detalhou Dino.

Dentre as determinações está a de que a Secretaria Nacional do Consumidor instaure processos administrativos para apuração de responsabilidade de cada empresa em face da eventual violação do dever de segurança e de cuidado em relação aos conteúdos veiculados que ofereçam perigo aos estudantes.

As empresas ainda precisarão enviar relatório ao governo com as medidas tomadas e apresentar informações sobre os algoritmos utilizados, além de auxiliarem a polícia.

O ministro ressaltou que o documento segue o Código de Defesa do Consumidor, visto que as plataformas são empresas prestadoras de serviços, sujeitas a sanções como multas e suspensão das atividades. Segundo Dino, esse não é o intuito do governo e sim uma necessidade de readequação. “Uma criança vale mais do que todos os termos de uso de todas as plataformas”, afirmou.

Kyane Sutelo/Correio do Povo



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