Presidente descartou acordo por trégua em processo de impeachment
Foto: Jonathan Nackstrand / AFP / CP
Em viagem na Suécia, onde conheceu o rei e a rainha do país, a presidente Dilma Rousseff afirmou de forma enfática neste domingo que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não está saindo do governo. Além disso, a chefe de Estado brasileira disse que lamenta as recentes denúncias contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, suspeito de receber propina no esquema da Lava-Jato. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.
Ao falar pela primeira vez com a imprensa após a última reunião em Brasília, Dilma demonstrou irritação com as perguntas sobre Levy. “Ele (Levy) não está saindo do governo. Eu não trato mais desse assunto”, finalizou antes de dizer aos jornalistas que nenhuma especulação será feita com o ministro da Fazenda.
Questionada sobre a avaliação do presidente do PT, Rui Falcão, que condicionou a permanência de Levy a uma mudança na política econômica, Dilma se colocou contra a posição do colega de partido. “O presidente do PT pode ter a opinião que ele quiser, mas não é a opinião do governo”, resumiu.
Em relação a Cunha, Dilma lamentou que as denúncias tenham “atingido um brasileiro”. Segundo a presidente, não houve acordo entre os chefes do Executivo e Legislativo por mais estabilidade política, mas afirmou que a oposição firmou um entendimento com o presidente da Câmara dos Deputados. Ela ainda descartou um acordo que garanta trégua na tramitação do processo de impeachment.
A viagem de Dilma a Suécia faz parte de uma turnê da presidente a países da Europa. A próxima parada será a Finlândia.
Correio do Povo