Fábio Ostermann (Novo) e Mateus Wesp (PSDB) divergiram sobre posição em relação ao aumento de alíquotas
A discussão do projeto que trata, entre outros pontos, da manutenção da majoração do ICMS no Rio Grande do Sul começou tensa na Assembleia Legislativa na tarde desta quinta-feira. Com o projeto em pauta, deputados fizeram críticas e considerações em relação ao texto, que é de autoria do governo do Estado. Porém, algumas manifestações geraram momentos tensos durante a sessão.
O primeiro a se manifestar na tribunal foi o deputado Mateus Wesp (PSDB), partido do governador, que defendeu o projeto. “Manutenção de imposto não é aumento”, afirmou ele. Completou ainda a preocupação com a precarização dos serviços, caso o governo não tenha recursos no próximo ano, em função do fim da majoração.
Na sequência foi a vez de Fábio Ostermann (Novo) subir na tribuna. O deputado concentrou críticas ao governador Eduardo Leite (PSDB), ao ler trechos de falas de quando ele era candidato ao governo do Estado, em 2018. Disse que Leite ‘mentiu durante a campanha’ e ‘mente no debate público’. Ponderou divergências em relação aos dados do governo em relação ao déficit público. Além disso, fez críticas a deputada Luciana Genro, dizendo que o ‘dinheiro não vai para os professores, mas para pagar as novas gratificações de quem ganha mais’.
Coube ao deputado Mateus Wesp retornar à tribuna para rebater as críticas de Ostermann. “O governador (Leite) disse dois anos para fazer uma matriz tributária. Eu aceito isso. Mas divergir nesse tom pra que? Onde isso te leva?”, questinou. “Poderia também dizer coisas que não concordo. Mas nunca fiz comentários nesse tom. Que possamos fazer esse diálogo de forma respeitosa aos cidadãos que pagam o funcionamento desse Parlamento”, concluiu.
Diante das manifestações, Fábio Ostermann voltou mais uma vez à tribuna, desta vez para responder ao colega tucano. “Critico não o cidadão (Mateus Wesp), mas a ideia nociva de que alguns deputados têm de como um deputado deveria se dirigir ao governador. Se o governador quer respeito, que ele trate a população e os deputados com respeito”, encerrou.
Correio do Povo – Mauren Xavier e Flávia Simões