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sexta-feira 22 novembro 2024
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Dengue hemorrágica: sintomas, tratamentos e causas

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Dengue hemorrágica: sintomas, tratamentos e causas
A dengue hemorrágica acontece quando a pessoa infectada com o vírus da dengue sofre alterações na coagulação sanguínea. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.
Existem quatro tipos de vírus causador da dengue com quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. A infecção por um deles dá proteção para o mesmo sorotipo e imunidade parcial e temporária contra os demais.
 
Os sintomas iniciais são parecidos com os da dengue clássica, e após o terceiro ou quarto dia surgem hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros órgãos. Na dengue hemorrágica, ocorre uma queda na pressão arterial do paciente, podendo gerar tonturas e quedas da própria altura.
 
No continente americano, a primeira epidemia de dengue hemorrágica aconteceu em Cuba, em 1981. No Brasil os casos de dengue hemorrágica eram raros até o ano 2000, quando chegou ao país o vírus da dengue tipo 3. Isso aumentou o número de casos, pois iniciou a infecção em pessoas que já tinham sido acometidas pelo vírus 1 e/ou 2.
 
 
Causas
A transmissão da dengue ocorre através da picada do mosquito Aedes que, após um período de 10 a 14 dias após ter sido contaminado ao alimentar-se de sangue humano com o vírus da dengue, pode transportar o respectivo vírus durante toda a sua vida. A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa.
 
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O ciclo de transmissão ocorre do seguinte modo: a fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água. Ao saírem dos ovos, as larvas vivem na água por cerca de uma semana. Após este período, transformam-se em mosquitos adultos, prontos para picar as pessoas. O Aedes aegypti procria em velocidade prodigiosa e o mosquito da dengue adulto vive em média 45 dias. Uma vez que o indivíduo é picado, demora no geral de três a 15 dias para a doença se manifestar, sendo mais comum cinco a seis dias.
 
A transmissão da dengue raramente ocorre em temperaturas abaixo de 16° C, sendo que a mais propícia gira em torno de 30° a 32° C – por isso a doença se desenvolve mais em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições adequadas (lugar quente e úmido) e em 48 horas o embrião se desenvolve. É importante lembrar que os ovos que carregam o embrião do mosquito da dengue podem suportar até um ano a seca e serem transportados por longas distâncias, grudados nas bordas dos recipientes. Essa é uma das razões para a difícil erradicação do mosquito. Para passar da fase do ovo até a fase adulta, o inseto demora dez dias, em média. Os mosquitos acasalam no primeiro ou no segundo dia após se tornarem adultos. Depois, as fêmeas passam a se alimentar de sangue, que possui as proteínas necessárias para o desenvolvimento dos ovos.
 
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O mosquito Aedes aegypti mede menos de um centímetro, tem aparência inofensiva, cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas. Costuma picar, transmitindo a dengue, nas primeiras horas da manhã e nas últimas da tarde, evitando o sol forte, mas, mesmo nas horas quentes, ele pode atacar à sombra, dentro ou fora de casa. Há suspeitas de que alguns ataquem durante a noite. O indivíduo não percebe a picada, pois não dói e nem coça no momento da alimentação do mosquito.
 
A fêmea do Aedes aegypti voa até mil metros de distância de seus ovos. Com isso, os pesquisadores descobriram que a capacidade do mosquito é maior do que os especialistas acreditavam.
 
Qualquer um dos quatro sorotipos da dengue pode causar dengue hemorrágica. Dificilmente a dengue hemorrágica acontece quando a pessoa é infectada pela primeira vez, mas as chances aumentam na segunda, terceira ou quarta infecções.
 
Sintomas
Sintomas de Dengue hemorrágica
Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos sintomas de dengue clássica. A diferença é que a febre diminui ou cessa após o terceiro ou quarto dia da doença e surgem hemorragias em função do sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos. Veja os sinais de alerta:
 
Dores abdominais fortes e contínuas
Vômitos persistentes
Pele pálida, fria e úmida
Sangramento pelo nariz, boca e gengivas
Manchas vermelhas na pele
Comportamento variando de sonolência à agitação
Confusão mental
Sede excessiva e boca seca
Dificuldade respiratória
Queda da pressão arterial.
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Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória. A baixa circulação sanguínea pode levar a pessoa a um estado de choque. Embora a maioria dos pacientes com dengue não desenvolva choque, a presença de certos sinais alertam para esse quadro:
 
Dor abdominal persistente e muito forte
Mudança de temperatura do corpo e suor excessivo
Comportamento variando de sonolência à agitação
Pulso rápido e fraco
Palidez
Perda de consciência.
A síndrome de choque da dengue, quando não tratada, pode levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem.
 
Diagnóstico e Exames
Diagnóstico de Dengue hemorrágica
Na suspeita de dengue, vá direto ao hospital ou clínica de saúde mais próxima. Os médicos farão a suspeita clínica com base nas informações que você prestar, mas o diagnóstico de certeza é feito com exame de sangue específico. No atendimento, outros exames serão realizados para saber se há sinais de gravidade ou se você pode manter repouso em casa.
 
O exame físico pode revelar:
 
Fígado aumentado (hepatomegalia)
Pressão baixa
Erupções cutâneas
Olhos vermelhos
Garganta vermelha
Glândulas inchadas
Pulsação fraca e rápida.
Os exames podem incluir:
 
Testes de coagulação
Eletrólitos
Hematócrito
Enzimas do fígado
Contagem de plaquetas
Testes sorológicos (mostram os anticorpos ao vírus da dengue)
Raio X do tórax tórax, que pode demonstrar alterações na pleura (membrana que reveste os pulmões)
Ultrassonografia abdominal
Tratamento e Cuidados
Tratamento de Dengue hemorrágica
Não há um tratamento específico para a dengue hemorrágica. É importante apenas tomar muito líquido para evitar a desidratação. Caso você esteja com dores e febre, pode ser receitado algum medicamento antitérmico, como o paracetamol. Em alguns casos, é necessária internação para hidratação endovenosa e, nos casos graves, tratamento em unidade de terapia intensiva.
 
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Pacientes com dengue hemorrágica devem evitar medicamentos a base de ácido acetilsalicílico (aspirina) ou que contenham a substância associada. Outros anti-inflamatórios não hormonais (diclofenaco, ibuprofeno e piroxicam) também devem ser evitados. O uso dessas medicações pode aumentar o risco de sangramentos. No caso da dengue hemorrágica, outros cuidados podem ser tomados, como:
 
Uma transfusão de sangue ou plaquetas pode corrigir os problemas de sangramento
Soro ou eletrólitos intravenosos para corrigir o desequilíbrio de eletrólitos
Oxigenoterapia para tratar um nível excessivamente baixo de oxigênio no sangue
Reidratação com soro intravenoso para tratar a desidratação
Cuidados assistenciais em uma unidade/ambiente de tratamento intensivo.
Convivendo (prognóstico)
Dengue hemorrágica tem cura?
Com cuidados precoces e intensos, a maioria dos pacientes se recupera da dengue hemorrágica. No entanto, o quadro clínico pode se agravar rapidamente sem os cuidados adequados, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem.
 
Complicações possíveis
A síndrome de choque da dengue é a complicação mais séria da dengue hemorrágica, se caracterizando por uma grande queda ou ausência de pressão arterial, acompanhado de inquietação, palidez e perda de consciência. Uma pessoa que sofreu choque por conta da dengue pode sofrer várias complicações neurológicas e cardiorrespiratórias, além de insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural. Além disso, a síndrome de choque da dengue não tratada pode levar a óbito.
 
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Outras possíveis complicações da dengue incluem:
 
Convulsões febris em crianças pequenas
Desidratação grave
Sangramentos.
Prevenção
Prevenção
Evite o acúmulo de água
O Aedes aegytpi coloca seus ovos em água limpa, mas não necessariamente potável. Por isso, jogue fora pneus velhos, vire garrafas com a boca para baixo e, caso seu quintal seja propenso à formação de poças, realize a drenagem do terreno. Não se esqueça também de lavar a vasilha de água do seu bicho de estimação regularmente e manter fechadas tampas de caixas d’água e cisternas.
 
Repelentes
O uso de repelentes, principalmente em viagens ou em locais com muitos mosquitos, é um método eficaz para se proteger contra a dengue. Recomenda-se, porém, o uso de produtos industrializados. Repelentes caseiros, como andiroba, cravo-da-índia, citronela e óleo de soja não possuem grau de repelência o suficiente para manter o mosquito longe por muito tempo.
 
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Coloque areia nos vasos de plantas
O uso de pratos nos vasos de plantas pode gerar acúmulo de água. Há três alternativas: eliminar esse prato, lavá-lo regularmente ou colocar areia. A areia conserva a umidade e ao mesmo tempo evita que o prato se torne um criadouro de mosquitos.
 
Coloque desinfetante nos ralos
Ralos pequenos de cozinhas e banheiros raramente tornam-se foco de dengue devido ao constante uso de produtos químicos, como xampu, sabão e água, alguns ralos são rasos e conservam água estagnada no interior. Nesse caso, o ideal é que ele seja fechado com tela ou seja higienizado com desinfetante.
 
Limpe as calhas
Grandes reservatórios, como caixas d’água, são os criadouros mais produtivos de dengue, mas as larvas do mosquito podem ser encontradas em pequenas quantidades de água também. Para evitar isso, as pequenas poças, calhas e canos devem ser checados todos os meses, pois um leve entupimento pode criar reservatórios ideais para o desenvolvimento do Aedes aegypti.
 
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Coloque tela nas janelas
Colocar telas em portas e janelas pode ajudar a proteger sua família contra o mosquito da dengue. O problema é quando o criadouro está localizado dentro da residência. Nesse caso, a estratégia não será bem-sucedida, por isso, não se esqueça de que a eliminação dos focos da doença é a maneira mais eficaz de proteção.
 
Lagos caseiros e aquários
Assim como as piscinas, a possibilidade de laguinhos caseiros e aquários se tornarem foco de dengue deixou muitas pessoas preocupadas. Mas fique tranquilo. Peixes são grandes predadores de formas aquáticas de mosquitos. O cuidado maior deve ser dado, portanto, às piscinas que não são limpas com frequência.
 
Seja consciente com o lixo domiciliar
Não despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos e riachos. Assim você garante que esses locais ficarão desobstruídos, evitando acúmulo e até mesmo enchentes. Em casa, deixe as latas de lixo sempre bem tampadas.



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