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quinta-feira 21 novembro 2024
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Delação de Sérgio Cabral fica a um voto de ser anulada pelo STF

Placar contra decisão de Fachin está 5 a 2

Fux deve se declarar impedido de votar

Foto: Fellipe Sampaio / STF / Divulgação CP

Fux deve se declarar impedido de votar

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quarta-feira para anular a decisão do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato. Ele homologou a delação premiada do ex-governador do Rio Sérgio Cabral com a Polícia Federal. O placar está em 5 a 2 para tornar o acordo sem efeito.

Com a possibilidade de dois dos 11 ministros se declararem impedidos de opinar – o que ainda não ocorreu -, o voto de Lewandowski pode ter definido a maioria necessária para anular a colaboração. Embora a decisão que homologou a colaboração do ex-governador tenha partido do próprio tribunal, pelas mãos de Fachin, o caso está sendo revisitado no colegiado depois que vieram a público acusações de Cabral que atingiram outro integrante da Corte: o ministro Dias Toffoli.

O ex-governador do Rio disse ter conhecimento de pagamentos da ordem de R$ 4 milhões em troca da venda de decisões judiciais favoráveis a dois prefeitos fluminenses no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde Toffoli ocupou uma cadeira entre 2012 e 2016.

A discussão está sendo travada a partir de um recurso da Procuradoria Geral da República (PGR), que contesta a negociação com a Polícia Federal por considerar que não foram apresentados fatos novos e que Cabral agiu “com má-fé”.

Por ter sido citado na delação, o ministro Dias Toffoli deve se declarar impedido de votar no julgamento. O presidente do Supremo, Luiz Fux, também afirmou que vai se declarar impedido por conhecer Cabral e porque o ex-governador atuou para que ele fosse nomeado à Corte em 2011.

Até agora, votaram alinhados a Lewandowski o próprio Fachin e os ministros Gilmar Mendes, Alexandre de Moraes e Kassio Nunes Marques. Luís Roberto Barroso e Marco Aurélio Mello defenderam a validade da colaboração premiada. A conclusão do julgamento depende agora do voto das ministras Rosa Weber e Cármen Lúcia e da formalização do impedimento de Fux e Toffoli.




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