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quarta-feira 27 novembro 2024
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Defesa de Delcídio não confirma conteúdo de reportagem que traz delação

Advogado do senador desconhece autenticidade dos documentos publicados na revista

Defesa do senador desconhece autencidade dos documentos | Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado / CP memória

                            Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado / CP memória
O senador Delcídio Amaral divulgou na tarde desta quinta-feira uma nota em que contesta o conteúdo da matéria publicada pela revista IstoÉ, com trechos de uma suposta delação premiada do senador. “Nem o senador Delcídio, nem a sua defesa confirmam o conteúdo da matéria”, afirma o texto, que é assinado também pelo advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto.
“Não conhecemos a origem, tão pouco (sic) reconhecemos a autenticidades dos documentos que vão acostados no texto.” A nota diz ainda que o esclarecimento se faz necessário “em respeito ao povo brasileiro e ao interesse público”. “Esclarecemos que em momento algum, nem antes, nem depois da matéria, fomos contatados”, afirmam. No fim, a nota destaca o “respeito e comprometimento” de Delcídio com o Senado.

De acordo com a revista IstoÉ, Delcídio teria dito em delação premiada que a presidente Dilma tentou atuar ao menos três vezes para interferir na Operação Lava Jato por meio do Judiciário. “É indiscutível e inegável a  movimentação sistemática do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e da própria presidente Dilma Rousseff no sentido de promover a soltura de réus presos na operação”, afirmou Delcídio na delação, segundo a revista. Cardozo deixou esta semana o ministério alegando sofrer pressões do PT.
Na delação, Delcídio teria citado também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e detalhado os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras. As primeiras revelações do ex-líder do governo fazem parte de um documento preliminar da colaboração. Nessa fase, o delator indica temas e nomes que pretende citar em seus futuros depoimentos após a homologação do acordo. Delcídio foi preso no dia 25 de novembro do ano passado acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e solto no dia 19 de fevereiro.
Correio do Povo



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