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quinta-feira 21 novembro 2024
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Defesa de Cunha quer acabar com Conselho de Ética, reclama presidente do colegiado

Deputado José Carlos Araújo também criticou líder do seu próprio partido

Deputado José Carlos Araújo criticou mesa diretora da Câmara | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr

                              Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / ABr
O presidente do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, José Carlos Araújo (PSD-BA), disse nesta terça-feira que o pedido da defesa de Eduardo Cunha junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja afastado do cargo durante o processo é querer acabar com o o colegiado.
“Pelo que estou vendo, querem é acabar com o conselho. Qualquer pessoa que tenha uma palavra que não seja de acordo com o que a Mesa (Diretora da Câmara) quer, então querem tirar. Mas eu tenho mandato, então vai ser difícil me tirar”, afirmou Araújo.
A ação no STF é baseada em uma questão de ordem formulada pelo deputado Wellington Roberto (PR-PB), aliado de Cunha. Para Wellington Roberto, José Carlos Araújo não é isento e não poderia votar em caso de empate na votação sobre a admissibilidade do processo contra Cunha.
O pedido pode ter impacto decisivo na votação da admissibilidade do processo contra o presidente da Câmara. Pelo regimento, o presidente do Conselho de Ética só vota em caso de empate. Com as alterações na composição do conselho, a expectativa é que a votação do parecer do relator, Marcos Rogério (PDT-RO), fique empatada em 10 a 10. “Temos a garantia de que, seja qual for o placar, vai se recorrer ao plenário. O plenário será soberano. Nós vamos decidir isso no plenário”, enfatizou.
Crítica ao líder do PSD
Araújo criticou novamente o líder de seu partido (PSD), Rogério Rosso (DF) que indicou o deputado João Carlos Bacelar (PTN-BA), aliado de Cunha, para assumir a titularidade no conselho no lugar de Sérgio Brito (PSD-BA). “Ele foi grosseiro, não foi ético comigo e, por isso, perdeu o meu respeito. Não sei quais foram as razões que o levaram a isso, mas foi errada. Ele não podia fazer o que fez, recorrer a outro partido”, reclamou Araújo.
Correio do Povo
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