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sábado 23 novembro 2024
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Defesa de Bolsonaro critica relatório de CPMI: ‘parcial e tendencioso’

Defesa de Bolsonaro critica relatório de CPMI: ‘parcial e tendencioso’

Advogados do ex-presidente afirmaram que receberam o pedido de indiciamento pela comissão do 8 de Janeiro com ‘indignação’

Foto: Tânia Rêgo/ABr
A defesa de Jair Bolsonaro afirmou que recebeu com “indignação” a informação de que o ex-presidente é um dos alvos dos pedidos de indiciamento da CPMI do 8 de Janeiro.

Nesta terça-feira, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) divulgou o parecer final do comissão, em que sugere o indiciamento cível e criminal de Bolsonaro e de outras 60 pessoas pelos atos extremistas às sedes dos Três Poderes.

“A proposta de indiciamento — para além da ausência de quaisquer elementos que conectem o ex-presidente com os atos investigados — mostra-se parcial, tendenciosa e totalmente pavimentada por viés político e não jurídico, olvidando-se, inclusive, da ostensiva crítica aos atos de vandalismo feita nas redes sociais do ex-mandatário no próprio 08/01”, menciona o comunicado enviado à imprensa, assinado pelos advogados do ex-presidente, Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio e Fábio Wajngarten.

A nota também critica o fato de Bolsonaro não ter sido convocado para prestar depoimento à CPMI, o que, segundo os advogados, era possível, “sem qualquer receio”.

“Chama atenção — e causa igual indignação — a proposta de indiciamento de um sem número de civis e militares, na maioria também sequer ouvidos, evidenciando a crescente hostilidade com as Forças Armadas. É lamentável que o termo final de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito venha acintosamente divorciado da impessoalidade”, finaliza a nota.

Papel da CPMI
Uma comissão não pode indiciar investigados, mas indicar ao Ministério Público a responsabilização criminal ou civil de uma pessoa. Segundo a relatora, Bolsonaro descredibilizou o sistema eleitoral e “alimentou a violência entre a população brasileira” durante a campanha presidencial.Ainda de acordo com Eliziane, os ataques às sedes dos Três Poderes foram baseados em “método”. “A proposta não era apenas ocupar, mas depredar”, disse. Segundo a senadora, o “objetivo era provocar o caos, desestabilização política e até mesmo uma guerra civil”.

Além do ex-presidente, a relatora também aponta a participação de 31 militares nos atos extremistas, entre os quais os generais Braga Netto e Augusto Heleno e o tenente-coronel Mauro Cid, além de ex-comandantes das Forças Armadas – Almir Garnier, da Marinha, e Marco Antônio Freire Gomes, do Exército.

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FONTE R7



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