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quinta-feira 21 novembro 2024
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Defesa Civil teme “onda de inundações” após ciclone passar pelo RS

Coordenador do órgão afirmou que sistema de rios está em monitoramento no Estado

Estado registrou mais de 100 ml de chuva em menos de 24 horas

Foto: Alina Souza

Estado registrou mais de 100 ml de chuva em menos de 24 horas

Passada a fase mais crítica do ciclone explosivo que atingiu o Sul do Brasil, destruindo casas e desalojando famílias, a Defesa Civil do Rio Grande do Sul alertou a população gaúcha sobre a continuidade de frio e chuva e a possibilidade de inundações em diferentes partes do Estado. “Estamos monitorando o nosso sistema hidrológico, fazendo o levantamento dos rios. Como houve mais de 100 milímetros, agora tem a onda de inundações. Em São Sebastião do Caí, temos 73 pessoas fora de suas residências por alagamento. Trabalhamos com as secretarias do meio ambiente e meteorologistas para que, se for necessário, emitir um alerta para as emissões ribeirinhas se precaverem e minimizarem os danos”, afirmou o coronel Júlio Cesar Rocha Lopes, coordenador do órgão, em entrevista à Rádio Guaíba.

De acordo com o militar, o ciclone agora segue para o oceano e perde força, mas a situação de alerta total continua valendo. “Na segunda-feira emitimos um alerta de chuvas bastantes expressivas, ventos fortes de até 70 km/h, descargas elétricas e raios”, disse, apontando que todo o efetivo da Defesa Civil está “trabalhando forte para minimizar e levar uma ajuda humanitária às pessoas”. “Nossa preocupação maior é fazer o levantamento dos dados para nós levarmos a ajuda necessário com as defesas civis municipais. Cada município foi atingido de um jeito, vamos pontuar cada um para a gente pode avaliar e levar a ajuda adequada”, afirmou.

Ele também comentou que o órgão se colocou à disposição para ajudar seu par em Santa Catarina, onde os ventos passaram de 100 km/h e ao menos nove pessoas morreram. “Colocamos a nossa Defesa Civil a disposição daquele estado, conversei com o governador Eduardo leite e ele me autorizou”, disse. Aqui, não houve fatalidades – o Estado registrou na terça uma fatalidade em Nova Prata, mas, conforme o coronel, ela não está configurada se foi em virtude da enchente.

Pandemia dificulta trabalhos

Rocha Lopes avaliou que a crise sanitária causada pela Covid-19 tem dificultado o trabalho de realocação de pessoas que tiveram que deixar suas casas, como em São Sebastião do Caí, onde os desabrigados foram encaminhados a um ginásio. “Há uma preocupação porque estamos numa pandemia. Tentamos, na medida do possível, atuar dentro dos protocolos, levando álcool gel, máscaras, luvas, para que possamos minimizar cada vez mais o contágio, procurando não colocar tantas pessoas em um lugar só. Estamos cuidando disso”, afirmou.

Por fim, ele fez um pedido: “Aqueles que não tiverem suas casas atingidas, a gente pede que fiquem em casa e se protejam, porque temos a pandemia que está presente e temos que nos proteger e aqueles que a gente ama”.

Correio do Povo




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