Instituto Brasileiro de Trânsito faz parceria para ensinar técnicas de segurança no trânsito e de atendimento pré-hospitalar em viagem marcada para 2020
29/07/2019 – 6h18min
Foto: Divulgação
“O caso deles é de uma realidade diferente, em que possui investimentos, equipamentos, mas o pessoal precisa de uma organização de atendimento. Às vezes, uma vítima de acidente de trânsito espera uma, duas horas por atendimento. E pode acabar morrendo. Eles têm recurso, mas falta alguém organizar, orientar, ensinar. Essa será a nossa missão”, declara.
Fabra, além de fazer parte do IBT, atua no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) há oito anos em Passo Fundo, fora o trabalho realizado em outras unidades pelo Rio Grande do Sul. Organizador da ida até Moçambique, ele ainda está em fase de seleção de profissionais que entram na missão.
“Junto comigo, outros seis ou sete profissionais irão juntos. Não temos um período exato para ficar lá, mas ficaremos o tempo necessário para que seja concretizado o ensinamento ao povo de Moçambique”, afirma.
O objetivo dele é fazer com que 200 socorristas aprendam todos os métodos e cuidados no atendimento de pré-hospitalar. Destes 200, a ideia é que 50 sejam multiplicadores, ou seja, ensinam mais profissionais futuramente com os conceitos aplicados pelos brasileiros.
Mais do que atendimento pré-hospitalar, Fabra explica que os profissionais também serão encarregados de ensinar sobre prevenção no país africano. As técnicas de segurança no trânsito, como o uso de cadeirinha, sua aplicação, modelos e atribuição serão explicados pelos profissionais.
No Brasil, o presidente da Associação que realizou o convite, Nelson Mabjeca, passou por um treinamento de uma semana. “Lá tem muitos acidentes, muitas mortes, vítimas de acidentes com lesões permanentes. O presidente procurou o Instituto, empresas que trabalhassem com foco em trânsito. Ele passou por um treinamento e quer levar esse conhecimento para lá. Então, também vamos trabalhar com treinamento do uso de cadeira, explicar os assentos de elevação, sua utilidade. Todo o aparato que utilizamos no Brasil sobre legislação de trânsito referente às cadeirinhas”, declara.
“Ficamos feliz em ajudar Moçambique”
Marcelo Fabra, natural de Porto Alegre, tem 40 anos e 21 anos de profissão. Ele trabalha com emergência e urgência há oito anos pelo Samu de Passo Fundo e também atua pelo Instituto Brasileiro de Trânsito junto com Fernando Ernst. Para ele, o convite surge como desafiador, em razão de que necessita ensinar alguém praticamente do “zero”.
“É um desafio muito interessante. Fiquei receoso no começo, porque começar do zero é diferente. Só que é um desafio para a minha carreira. É interessante saber que aquilo que gostamos de fazer no Brasil vai ajudar lá em Moçambique. Ficamos felizes por isso. Vamos ajudar a reduzir o número de mortes, ajudar no trabalho de prevenção que irá salvar muitas vidas”, pontua.
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