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domingo 19 maio 2024
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Cunha rebate Renan Calheiros e diz que presidente do Senado pode ser alvo de tempestade

Presidente do Senado comentou a cassação do ex-deputado dizendo que quem planta vento, colhe tempestade

Eduardo Cunha rebate Renan Calheiros | Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP

 Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil / CP

Eduardo Cunha não deixou barato a fala de Renan Calheiros acerca da sua cassação. Em nota oficial publicada na sua página no Facebook, o ex-deputado respondeu ao presidente do Senado na mesma moeda. Ele disse que espera que os ventos que chegam no presidente do Congresso ( sobre denúncias e delações) não se transformem em tempestade.

Ressalto que na ação penal número 982 do Supremo Tribunal Federal, decorrente da denúncia aceita baseada apenas na palavra de delatores sobre sondas da Petrobras, os mesmos delatores, nas suas delações, acusam como beneficiários das supostas vantagens indevidas montando a US$ 6 milhões os senadores Renan Calheiros, Jader Barbalho, Delcídio do Amaral e Silas Rondeau. Entretanto, a ação penal que deveria ser indivisível, segundo o Código Penal, foi aberta apenas contra mim. No mais, com todo desejo de sucesso ao presidente do Senado no comando da Casa, e acreditando na sua inocência, espero que os ventos que nele chegam através de mais de uma dezena de delatores e inquéritos no STF, incluindo Sérgio Machado, não se transformem em tempestade. E que ele consiga manter o cálice afastado dele”.

Cunha disse que as denúncias envolvendo parlamentares teriam um tratamento diferenciado no Supremo Tribunal Federal (STF).  “Tem uma denúncia contra o presidente do Senado Federal há três anos e seis meses e não acontece nada”, disse Cunha, ao afirmar que a denúncia contra ele foi aceita de maneira mais célere do que o normal pelo STF.

Cunha é réu em dois processos no Supremo e é alvo de investigação em outras sete frentes. Já Renan não é réu, mas é investigado em 12 inquéritos na Suprema Corte.

Mais cedo, o presidente do Congresso, disse que “quem planta vento, colhe tempestade. Não sou especialista em Cunha, não gostaria nem de falar sobre isso. Afasta esse cálice de mim”, reforçou. Renan tentou se distanciar da figura de Eduardo Cunha, apesar de ambos serem do PMDB.

Congresso melhor sem Cunha

Renan considera que a agenda do Congresso vai melhorar com o afastamento de Cunha e a gestão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). “Do ponto de vista da agenda as coisas vão melhorar”, avaliou. Ele está otimista em relação às mudanças aprovadas nesta terça-feira pela Comissão e Constituição e Justiça do Senado (CCJ), a respeito da cláusula de desempenho e fim das coligações. “Com o Rodrigo Maia vamos ter condições de que essa reforma possa ser aprovada (também) na Câmara”, disse.

Ainda na nota, Cunha contrapõe Renan Calheiros no que diz respeito a sua atuação do Congresso.

“Ao contrário do dito pelo presidente do Senado, durante o meu período no comando da presidência da Câmara, não houve matérias de caráter relevante oriunda do Senado que deixássemos de apreciar em plenário. Ao contrário o Senado, que deixou de apreciar vários temas importantes aprovados na Câmara, dentre outros, projeto de terceirização, redução da maioridade penal, correção do FGTS dos trabalhadores e PEC da reforma política, no qual apenas foi destacada a janela partidária deixando-se de apreciar temas como fim da reeleição e financiamento de campanha. Esperamos que o Senado aprecie essas matérias”.

Correio do Povo




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