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sábado 23 novembro 2024
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Cunha aceita pedido de abertura de processo de impeachment contra Dilma

Decisão ocorre no mesmo dia em que deputados do PT confirmaram o voto contra ele no Conselho de Ética

Cunha aceita pedido de abertura de processo de impeachment contra Dilma | Foto: Marcelo Camargo / ABr / CP

                                      Foto: Marcelo Camargo / ABr / CP
 Com informações da Agência Brasil

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, aceitou o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Cunha disse que se sente constrangido, mas o volume de pedidos – 34 – pesaram a favor da abertura do processo. Ele aceitou o pedido protocolado pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal. 

O presidente da Câmara também anunciou que autorizou a criação da comissão especial que vai analisar o caso. A decisão ocorreu no mesmo dia em que a bancada do PT na Câmara anunciou que vai votar pela continuidade do processo de cassação de Cunha no Conselho de Ética.

É o primeiro impeachment de um presidente em curso no Congresso desde 1992, quando Fernando Collor de Mello perdeu o mandato.

A decisão do presidente da Casa ocorreu no mesmo dia em que o presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA), adiou para a próxima terça-feira a continuação da análise do parecer preliminar do deputado Fausto Pinato (PRB-SP) no processo contra ele. 

Mais cedo, os membros do PT que fazem parte do colegiado defenderam a continuidade do processo contra Cunha. O deputado Zé Geraldo (PT-PA) afirmou que não acredita que o presidente da Câmara abra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff devido ao posicionamento do partido.

Na última terça-feira, o advogado de defesa de Eduardo Cunha, Marcelo Nobre, declarou ao conselho que a representação é baseada apenas em denúncias, sem nenhuma prova. Segundo o advogado, quem condena é o Poder Judiciário. “Nunca podemos permitir que uma denúncia sirva como prova sem o devido processo legal. Nós, advogados, reclamamos da judicialização da política, mas não podemos politizar a Justiça”, afirmou.

Nobre também disse que não existe lei brasileira que obrigue qualquer cidadão brasileiro a declarar em seu imposto de renda valores de contas em trustes. “Estão exigindo que meu cliente faça algo que a lei não obriga”, disse.

De acordo com o advogado, Eduardo Cunha não omitiu informações. “Ele disse a mais absoluta verdade. Eu pergunto a vossas excelências: Em que circunstância dizer que houve implicação para perda de um mandato popular?”, questionou.

Eduardo Cunha afirma ser inocente e ressalta não ter cometido nenhuma irregularidade.
Correio do Povo



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