Como o trigo que brotava do muro
Ao acordarmos, a primeira coisa que fazemos é nos situarmos.
Primeiro em quem somos, depois onde estamos e por fim, o que faremos.
E certas coisas fluem dentro desse despertar. Flui nossa necessidade de asseio, nosso apetite, nossa curiosidade por notícias e, por fim, nosso dia.
Fazer o dia ser melhor sempre começa pelo factível e termina no improvável.
Olhamos as nuvens e sonhamos em voar, mas os pés doem.
Olhamos os sorrisos dos outros com olhos descrentes de alegria. vivemos em um trilho que não nos permite descarrilhar para a vida.
Imaginávamos o que de melhor poderíamos ter, porque acreditávamos ser melhores do que a realidade mostra, mas nessa busca pela pílula dourada do sucesso nem nos dávamos conta que a mágica é silenciosa e age como o trigo que brotava do muro da linha do trem de um lugar qualquer entre onde estávamos e onde a felicidade nos esperava.
Vamos viver com a consciência de que precisamos da felicidade como um gênero de primeira necessidade.
Boa sexta.