Moeda atingiu menor patamar desde 18 de outubro
O dólar chegou a flertar com um novo recorde histórico na manhã de terça, mas virou o sinal e terminou o dia em queda de 0,16%, aos R$ 4,1989. A avaliação dos operadores ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo é de que, apesar do leve recuo, uma conjuntura de fatores não ajuda o real e o câmbio deve continuar pressionado pelo menos até o fim do ano.
“O período de remessa de lucros pelas empresas é uma questão sazonal que afeta o câmbio”, exemplificou o economista-chefe da Guide Investimentos, João Mauricio Rosal. Até agora, o movimento predominante no mês tem sido de alta: em novembro, a moeda americana já tem valorização acumulada de 4,73% ante o real.
Também ajudou a pressionar a cotação a decepção com uma entrada massiva de fluxo estrangeiro com o leilão da cessão onerosa (pré-sal), o que não se concretizou. Sem a entrada dos dólares esperados no País, a cotação se ajusta a fatores sazonais. Além disso, as tensões na América Latina e a cautela com as notícias ora positivas, ora negativas das negociações comerciais entre China e Estados Unidos colocam mais peso na balança contra o real.
Correio do Povo