Com custo de R$ 300 milhões, retomada de operações do Salgado Filho só deve ocorrer em dezembro
Análise completa da estrutura da pista do aeroporto de Porto Alegre deve ser finalizada em julho
A concessionária já realizou um levantamento preliminar de prejuízos com a estrutura do terminal. Até o momento, seriam necessários cerca de R$ 300 milhões para retomar as operações no aeroporto, sendo R$ 45 milhões apenas na aquisição de equipamentos, muitos deles com necessidade de importação.
Uma nova reunião será realizada nesta terça-feira entre o ministro Pimenta, Fraport e Anac, onde a empresa alemã entregará um resumo da situação do aeroporto, além de um plano de trabalho para a retomada das operações. A possibilidade de revisar o contrato de concessão do aeroporto também deve ser discutida nos próximos dias entre a Fraport e a Anac.
Conforme o deputado Frederico Antunes, a Fraport já deu início à limpeza da pista e de outras áreas do aeroporto. Ele também destacou o diálogo com a Anac para aumentar a disponibilidade de voos para o RS. “As alternativas já estão acontecendo, como é o caso do aumento das operações em Canoas, Caxias do Sul, Passo Fundo, Santa Maria, Pelotas e Uruguaiana. Mas ficamos de fazer uma reunião com a diretoria da Anac para ver se é possível aumentar o fluxo de voos para essas cidades”, afirmou o parlamentar.
Fraport Brasil reforça diálogo com Governo Federal
Em nota, a Fraport Brasil deu mais detalhes sobre as intervenções que serão realizadas para analisar a estrutura da pista. Conforme a empresa, a limpeza iniciada nesta segunda-feira consiste em uma varredura de toda a extensão da pista de pouso e decolagem, das taxiways e dos pátios para a retirada de entulhos. Os testes avaliarão a resistência do solo, desde a compactação até a pavimentação da pista.
Este período de avaliações deve durar cerca de 45 dias. Após, será possível detalhar as necessidades de intervenção na pista, segundo a Fraport. “Desde que as águas começaram a baixar, a Fraport Brasil está em contato permanente com as seguradoras para avaliação do cenário, recebendo vistorias recorrentes e realizando o inventário de todos os itens que foram impactados”, apontou.
Além disso, CEO da empresa, Andreea Pal, reforçou que a empresa está, desde o início da crise climática, zelando pelo aeroporto e sua infraestrutura, além de manter um diálogo aberto com o Governo Federal para acelerar a retomada do terminal. “Estamos fazendo a nossa parte com diversas atividades já iniciadas. Se os impactos forem menores do que os previstos inicialmente, vamos torcer para que o aeroporto esteja disponível para o final do ano”, afirmou.