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quarta-feira 1 maio 2024
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COI: transexuais podem competir no Rio sem necessidade de cirurgia

Chris Mosier - triatlo (Foto: Reprodução/Facebook)
Chris Mosier tenta uma vaga na equipe masculina (Foto: Reprodução/Facebook)

Os Jogos Olímpicos do Rio 2016, seguindo as novas regras do Comitê Olímpico Internacional (COI), poderão ter uma importante novidade sobre a participação de atletas transexuais nas competições, segundo notícia publicada neste sábado pelo site OutSports. A entidade que comanda o esporte mundial – que ainda não se pronunciou oficialmente sobre a questão – recebeu em novembro, durante o Encontro de Consenso sobre Mudança de Sexo e Hiperandrogenismo uma série de orientações sobre o tema, às quais a reportagem do OutSports afirma ter tido acesso. A mudança permitiria que atletas transgêneros competissem sem fazer a cirurgia da mudança do sexo. A reposição hormonal, porém, segue obrigatória. 
As regras atuais das Olimpíadas reconhecem o direito dos transgêneros para competir, mas com disposições específicas no âmbito do Congresso de Estocolmo, aprovado em 2004. Até as mudanças anunciadas para esse ano, era necessária a cirurgia de mudança de sexo e, só dois anos após o reconhecimento legal da troca de gênero, o atleta poderia participar dos Jogos. Se as novas diretrizes forem confirmadas, não haverá restrições para atletas que passaram do gênero feminino para o masculino. No caso inverso, será necessário comprovar que o nível de testosterona não seja maior que 10nmol/L nos 12 meses anteriores à competição.
Joanna Harper, chefe do setor de oncologia de radiação do Centro Médico de Portland, foi um dos membros da Reunião de Consenso. Ela, que é transgênero, comemorou:
– As novas diretrizes do COI para transexuais corrigem quase todas as deficiências. Tenho a esperança que o COI vai se adaptar às novas diretrizes – disse.
Ainda de acordo com as orientações, exigir a cirurgia anatômica de mudança de sexo como pré-condição para a participação de transgêneros não é necessário para preservar uma competição justa e pode ser inconsistente com o desenvolvimento da legislação e com as noções de direitos humanos. Outro item importante enfatiza que as novas orientações são um documento vivo e estão sujeitas a revisão de acordo com qualquer avanço científico ou médico. 
As novas regras abrem uma chance para a triatleta Chris Mosier, que é trans e está na parte final da sua reposição hormonal, mas não fez a cirurgia. Ela busca uma vaga na equipe americana masculina de triatlo. 
G1



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