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quinta-feira 21 novembro 2024
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COI confirma Paris e Los Angeles como sedes dos Jogos Olímpicos de 2024 e 2028

Ordem das cidades será definida em uma reunião em setembro

Prefeito de Los Angeles Eric Garcetti e prefeita de Paris Anne Hidalgo comemoram a escolha das cidades como sede das Olimpíadas | Foto: Fabrice Coffrini / AFP / CP

Prefeito de Los Angeles Eric Garcetti e prefeita de Paris Anne Hidalgo comemoram a escolha das cidades como sede das Olimpíadas | Foto: Fabrice Coffrini / AFP / CP

O Comitê Olímpico Internacional (COI) decidiu nessa terça-feira que Paris, na França, e Los Angeles, nos Estados Unidos, receberão os Jogos Olímpicos de 2024 e 2028. A ordem das cidades-sede ainda será definida em reunião a ser realizada pela entidade em 13 de setembro, em Lima, no Peru, mas ambas as metrópoles estão asseguradas de que abrigarão uma edição da Olimpíada nestes próximos 11 anos.

A definição aconteceu porque os membros do COI optaram por atribuir não apenas uma edição, mas duas, premiando as candidaturas que persistiram até o final do processo de disputa pelo evento de 2024.

A definição ocorreu em Lausanne, na Suíça, onde os membros do Comitê Olímpico Internacional estiveram reunidos para ouvir a defesa das candidaturas por autoridades da França e dos Estados Unidos. Embora ambas as cidades já tenham ressaltado a prioridade pela realização dos Jogos de 2024, um acordo tripartite entre o COI e as administrações de Paris e Los Angeles não está descartado para que a escolha seja consensual. Assim uma das metrópoles receberia uma compensação financeira, avaliada em centenas de milhões, para aguardar até 2028.

A tendência é a de que Paris, que realizou os Jogos Olímpicos de 1924 e realizaria o evento um século depois, seja premiada com o primeiro destes eventos. Os dirigentes da candidatura de Los Angeles admitiram, de forma velada, que a possibilidade de sediar os Jogos de 2024 não seria a única.

“Nós queremos dizer claramente ao COI e à comunidade mundial do esporte que a prioridade de Los Angeles não é ela mesma. Nós estamos, ao contrário, concentrados no movimento olímpico e no mundo”, afirmou Casey Wasserman, diretor da candidatura norte-americana.

A definição só acontecerá quando da realização da 130ª Sessão do COI, em Lima. A campanha da França foi reforçada em Lausanne pela presença do presidente Emmanuel Macron, que defendeu aos delegados do COI a candidatura francesa.

Segundo o chefe de Estado, o país se engaja pela realização da Olimpíada de 2024, e não pela de 2028, porque o local em que será construída a Vila Olímpica é um loteamento de apartamentos sociais – para população de baixa renda – e deverá ser construído e entregue nos próximos sete anos.

Segundo Macron, Paris tem a maior parte da infraestrutura esportiva já construída e os Jogos Olímpicos não gerarão custos excessivos. Além disso, lembrou a emergência de partidos extremistas, de movimentos xenofóbicos e de grupos terroristas que ameaçam os valores do Ocidente.

“Vim apoiar a equipe e dizer a que ponto esses Jogos são importantes para a França. Por duas razões: a França está pronta e os valores olímpicos, que são os nossos, estão sendo ameaçados, e é um ótimo momento para defendê-los”, argumentou, para depois enfatizar: “Os Jogos são um momento de tolerância, Justiça, de respeito ao meio ambiente, valores que Paris defenderá 100 anos após os Jogos Olímpicos de 1924 em Paris”.

De acordo com Virgile Caillet, presidente da Federação Francesa das Indústrias do Esporte, a concessão das Olimpíadas às duas cidades responde à resistência crescente dos países em apresentar candidaturas ao COI, uma instituição minada pelas suspeitas de corrupção na atribuição de seus eventos.

“Os Jogos causam medo. Os países têm muito mais dificuldade de mobilizar os atores econômicos em apoio aos Jogos. O COI não pode perder essa oportunidade de sediar os Jogos em Paris ou em Los Angeles”, diz o dirigente, que avalia a realização de uma Olimpíada em algo entre 2,5 bilhões e 4 bilhões de euros.

“Tivemos tristes exemplos no passado”, disse ele, sem citar nomes decida des como o Rio de Janeiro, onde obras relativas aos Jogos Olímpicos também estão sob suspeitas de corrupção. “Mas em Paris acredito que temos um orçamento sob controle porque 90% das estruturas já existem ou serão temporárias, e as demais se encaixam no programa Grand Paris (de ampliação da região metropolitana da capital).

Correio do Povo




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