Esta semana, durante avaliação de um paciente com indicação de Cirurgia de Revascularização do Miocárdio (ponte de safena), mais uma vez ouvi a seguinte pergunta:
– Mas antes de operar não precisa colocar stent?
Me chamou a atenção pois não é a primeira vez que ouço esta pergunta e fico com a impressão de que se criou esta cultura que só se faz a cirurgia após já ter sido colocado um ou mais de um stent (molinha).
Vamos tentar esclarecer algumas coisas:
A doença que causa obstrução ou estreitamento das artérias coronárias se chama Doença Aterosclerótica e ela é uma doença sistemica, ou seja, compromete todo o organismo; aonde existir artéria pode ocorrer uma obstrução ou entupimento. Esta doença é desencadeada por uma série de fatores, chamados Fatores de Risco, e entre eles estão o Tabagismo, Diabete, Colesterol, Obesidade, Sedentarismo. Ela não tem cura mas tem comtrole.
Existem TRÊS formas de se tratar esta doença e suas consequências ou as obstruções:
1) Tratamento Clínico: o cardiologista faz a avaliação dos fatores de risco para esta doença e orienta medidas para controle destes fatores de risco tais como mudanças de hábitos de vida (controle alimentar, perda de peso, atividade física, deixar de fumar……) e associa o uso de medicamentos conforme a necessidade. Esta é a parte mais importante do tratamento e deve ser feita e revista sempre.
2) Dilatação das Obstruções com ou sem o uso de stents: após a realização de cateterismo cardíaco e nova avaliação com cardiologista, dependendo da localização e do grau de obstrução, pode ser realizado estas dilatações para que o sangue circule de melhor forma por estas artérias.
3) Cirurgia de Revascularização do Miocárdio ou Ponte de Safena: novamente após a realização de cateterismo cardíaco e avaliação clínica, em alguns casos é indicada a cirurgia pois nestes casos terá melhor resultado a longo prazo (10 anos ou mais), principalmente quando temos comprometimento de mais de uma artéria coronária, lesões importantes logo no início destas artérias ou nas suas bifurcações e principalmente em pacientes com diabete. Existem vários artigos na literatura médica mostrando melhor benefício a longo prazo com a cirurgia de revascularização principalmente em pacientes com diabete. Nos últimos anos houveram grandes melhoras técnicas nestas cirurgias, principalmente com o uso de artérias para a realizaçãos dos enxertos ou pontes tais como o uso de 1 ou 2 artérias mamárias e uso de artéria radial. A recuperação inicial pode ser um pouco mais demorada e trabalhosa mas temos que pensar em prazos mais longos, não em meses mas sim em anos de benefício.
Mesmo realizando implante de stent ou cirurgia o controle dos fatores de risco é o mais importante pois de nada adianta fazer estes tratamentos e continuar sedentário, obeso, fumando, com colesterol ou diabete descontrolado. Nestes casos as obstruções reaparecerão ou surgirão em outros lugares, pois como falamos antes a doença compromete todo o organismo e não tem cura mas tem Controle.
A melhor forma de definir qual o melhor tratamento é que o paciente seja avaliado por uma equipe multiprofissional, formada por cardiologista, cirurgião e hemodinamicista, sendo que quem deve ter a decisão final é o cardiologista.
– Mas antes de operar não precisa colocar stent?
Me chamou a atenção pois não é a primeira vez que ouço esta pergunta e fico com a impressão de que se criou esta cultura que só se faz a cirurgia após já ter sido colocado um ou mais de um stent (molinha).
Vamos tentar esclarecer algumas coisas:
A doença que causa obstrução ou estreitamento das artérias coronárias se chama Doença Aterosclerótica e ela é uma doença sistemica, ou seja, compromete todo o organismo; aonde existir artéria pode ocorrer uma obstrução ou entupimento. Esta doença é desencadeada por uma série de fatores, chamados Fatores de Risco, e entre eles estão o Tabagismo, Diabete, Colesterol, Obesidade, Sedentarismo. Ela não tem cura mas tem comtrole.
Existem TRÊS formas de se tratar esta doença e suas consequências ou as obstruções:
1) Tratamento Clínico: o cardiologista faz a avaliação dos fatores de risco para esta doença e orienta medidas para controle destes fatores de risco tais como mudanças de hábitos de vida (controle alimentar, perda de peso, atividade física, deixar de fumar……) e associa o uso de medicamentos conforme a necessidade. Esta é a parte mais importante do tratamento e deve ser feita e revista sempre.
2) Dilatação das Obstruções com ou sem o uso de stents: após a realização de cateterismo cardíaco e nova avaliação com cardiologista, dependendo da localização e do grau de obstrução, pode ser realizado estas dilatações para que o sangue circule de melhor forma por estas artérias.
3) Cirurgia de Revascularização do Miocárdio ou Ponte de Safena: novamente após a realização de cateterismo cardíaco e avaliação clínica, em alguns casos é indicada a cirurgia pois nestes casos terá melhor resultado a longo prazo (10 anos ou mais), principalmente quando temos comprometimento de mais de uma artéria coronária, lesões importantes logo no início destas artérias ou nas suas bifurcações e principalmente em pacientes com diabete. Existem vários artigos na literatura médica mostrando melhor benefício a longo prazo com a cirurgia de revascularização principalmente em pacientes com diabete. Nos últimos anos houveram grandes melhoras técnicas nestas cirurgias, principalmente com o uso de artérias para a realizaçãos dos enxertos ou pontes tais como o uso de 1 ou 2 artérias mamárias e uso de artéria radial. A recuperação inicial pode ser um pouco mais demorada e trabalhosa mas temos que pensar em prazos mais longos, não em meses mas sim em anos de benefício.
Mesmo realizando implante de stent ou cirurgia o controle dos fatores de risco é o mais importante pois de nada adianta fazer estes tratamentos e continuar sedentário, obeso, fumando, com colesterol ou diabete descontrolado. Nestes casos as obstruções reaparecerão ou surgirão em outros lugares, pois como falamos antes a doença compromete todo o organismo e não tem cura mas tem Controle.
A melhor forma de definir qual o melhor tratamento é que o paciente seja avaliado por uma equipe multiprofissional, formada por cardiologista, cirurgião e hemodinamicista, sendo que quem deve ter a decisão final é o cardiologista.
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