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quinta-feira 21 novembro 2024
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Centro de triagem de presos deve começar a funcionar em janeiro, anuncia Schirmer

Secretário da Segurança informou que Rio Grande do Sul pode ter presídio federal

Primeiro centro de triagem deve começar a funcionar em janeiro, diz Schirmer  | Foto: Camila Lara / Especial / CP

Primeiro centro de triagem deve começar a funcionar em janeiro, diz Schirmer | Foto: Camila Lara / Especial / CP

O Secretário da Segurança Pública do Rio Grande do Sul, Cezar Schirmer, projetou nesta terça-feira as principais inciativas da pasta para 2017 no enfrentamento da violência no Estado. O tópico que considera mais frágil diz respeito ao sistema prisional. “A nossa expectativa é de que em janeiro já tenhamos o primeiro centro de triagem de presos funcionando”, anunciou.

“Falamos em cinco alternativas para conter o número excessivo de presos e todas estão sendo trabalhadas. Uma delas já começou no Instituto Psiquiátrico Forense (IPF), em uma parceria do Estado com o Exército. A outra ainda precisamos negociar com as empresas responsáveis pela fabricação dos contêineres. Recebemos propostas de nove, mas a nossa ideia é recebê-los já com a instalação. Do jeito que está, teríamos de fazer duas contratações: tanto para construção quanto para a colocação”, informou em entrevista à Rádio Guaíba.

As vagas prisionais é outro tema que está sendo tratado com muito cuidado, segundo Schirmer. Parte da resolução do problema passa pela inauguração de dois presídios, o que deve ocorrer em 2017. “Queremos inaugurar o presídio de Canoas e o presídio de Guaíba. Na primeira cidade, há ainda algumas coisas do entorno que precisam ser aprontadas, embora o local tenha cerca de 300 vagas ocupadas. Outra ideia é ter aqui no Rio Grande do Sul um presídio federal, que possa absorver chefes de facções e criminosos de maior periculosidade. Este tema ainda está sendo debatido com o Ministério da Justiça”, relatou o secretário.

Schirmer revelou ainda que o desejo da secretaria é inverter a lógica de construir grandes presídios no Rio Grande do Sul. “Nós entendemos que seria bom evitar a mistura de apenados e permitir que eles fiquem perto da sua família porque colabora para a recuperação. Tudo isso não depende de nós, e sim de recursos federais. Eu acredito que os recursos estaduais devem ser destinados para aumentar o contingente de policiais militares, além de ajudar a Polícia Civil e a Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe)”, observou.

Schirmer cobra bancos por mais segurança

Os ataques a bancos, cada vez mais comuns no Rio Grande do Sul, ainda representam um problema no combate da violência. Na avaliação de Schirmer, a segurança das agências precisa ter participação das próprias instituições financeiras. “Os bancos são alvos especiais por causa do dinheiro e nós achamos que eles não dão o tratamento de segurança interna que deveriam dar. Há várias alternativas que podem ser adotadas e uma delas é de um mecanismo que marca as notas quando um caixa eletrônico está prestes a ser violado. Outro, diante da mesma situação, incinera o dinheiro. Há ainda uma tecnologia que lança uma fumaça muito densa durante 40 ou 50 minutos, que serviria para atrapalhar a ação de criminosos”, explicou.

O despertar do governo federal 

Cezar Schirmer comentou que o governo federal passa por um momento de “despertar” para a importância do combate à violência. O secretário afirmou que um plano nacional será lançado para evitar homicídios e episódios de violência doméstica contra a mulher.  “No País, agora temos um ministro que foi secretário da segurança pública de São Paulo e o próprio presidente Michel Temer também atuou na área. Então todos estão acordando para isso. Tenho grandes expectativas quanto a isso e acho que podemos ter um bom retorno. São ações específicas que serão feitas com o auxílio da Força Nacional. O número de mortes mostra a catástrofe em que vivemos e precisamos criar na sociedade uma cultura de paz”, salientou.

Correio do Povo




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