Pedidos da oposição para adiar a votação foram analisados, debatidos e rejeitados nesse período. A comissão rejeitou requerimento para adiar a votação da Reforma da Previdência por três sessões, por 43 votos a zero. Antes, já havia derrubado outro pedido, de adiamento por quatro sessões, com 39 votos a zero. Havia ainda mais um pedido da oposição sobre a mesa antes da votação da admissibilidade da reforma.
Apesar das manobras da oposição para tentar protelar a votação da Reforma da Previdência na CCJ, o presidente da comissão, Felipe Francischini (PSL-PR), avisou que não cederia às manobras. “Podem fazer o barulho que quiserem. Vamos continuar tocando a reunião, a reforma será votada hoje (ontem)”, afirmou. O aviso foi dado após um novo tumulto, provocado após o líder do PSol na Câmara, Ivan Valente (SP), ter sugerido ter uma gravação do presidente da CCJ sobre temas regimentais relacionados ao requerimento da oposição para suspender a tramitação da reforma. Valente não chegou a colocar a gravação porque a mesa da CCJ disse que não cabia a medida.
Nesse momento, Francischini cobrou “coerência e hombridade” de Valente, o que despertou reação da oposição. Um tumulto se formou em frente à mesa, e deputados aliados do governo pediram “civilidade”. Após o fim do tumulto, o plenário da CCJ rejeitou requerimento para adiar votação por cinco sessões por 44 votos a sete, com uma abstenção.
“Não apontem o dedo para mim que não sou moleque!” Com essa declaração áspera, Francischini reagiu à tentativa de deputadas da oposição para barrar a votação. Maria do Rosário (PT-RS), Gleisi Hoffmann (PT-PR), Erika Kokay (PT-DF) e Taliria Petrone (PSol-RJ) cercaram o presidente na mesa da CCJ.
Ele disse que não deixaria as deputadas cercarem a mesa, o que acabou acontecendo. Francischini não deixou que elas ficassem no local. Governistas gritavam: “Não se deixe intimidar. Reaja com o regimento”.
Correio do Povo