Luciano Augusto Bonilha Leão, Marcelo de Jesus dos Santos e Mauro Londero Hoffmann serão julgados em 16 de março
O primeiro júri popular relacionado ao processo criminal que apura as circunstâncias do incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, ocorre em 16 de março, no município de origem da tragédia. Em decisão divulgada na tarde desta quinta-feira, o juiz Ulysses Fonseca Louzada, da 1ª Vara Criminal da cidade, confirmou a data em que serão julgados os integrantes da banda Gurizada Fandangueira, Luciano Augusto Bonilha Leão e Marcelo de Jesus dos Santos, e de um dos sócios da casa noturna, Mauro Londero Hoffmann. O Centro de Eventos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) sedia a sessão, a partir das 10h.
O quarto réu, também sócio da boate, Elissandro Callegaro Spohr (Kiko), vai ser julgado na Comarca de Porto Alegre, ainda sem data definida. Cabe ao juízo da Capital estipular o calendário, após o fim do recesso, a partir de 21 de janeiro.
De início, Louzada havia determinado a cisão do processo criminal, estipulando os julgamentos de Santos e Hoffmann em 16 de março e os de Spohr e Bonilha, em 27 de maio.
As partes, contudo, recorreram da decisão. Em 12 de dezembro do ano passado, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça atendeu a defesa de Elissandro Spohr, para desaforar o julgamento (transferir o júri popular a outra cidade).
As defesas dos réus ainda questionaram uma série de outros pontos da decisão, entre eles o que previa a cisão do processo e a realização dos júris em separado. Os desembargadores, então, determinaram julgamento único para os três acusados mantidos na Comarca de Santa Maria.
O incêndio na boate Kiss, ocorrido em 27 de janeiro de 2013, matou 242 pessoas e feriu mais de 600. O caso completa sete anos, dentro de 11 dias, sem que nenhum dos réus do processo criminal tenha recebido punição. Todos respondem pelos crimes em liberdade.
Por
Laura Gross / Rádio Guaíba