Caminhoneiros podem voltar a parar na quinta se reunião terminar sem acordo em Brasília
Trabalhadores exigem preço tabelado do frete
Se o governo federal não oferecer novas medidas de auxílio aos caminhoneiros, em reunião marcada para a tarde de amanhã, em Brasília, os trabalhadores podem voltar a paralisar as atividades, na quinta-feira. O encontro deve reunir ministros, parlamentares e mais de 200 líderes do movimento, entre caminhoneiros independentes, pequenas transportadoras e grandes contratantes. Prejudicados pelo aumento do diesel, a principal reivindicação dos motoristas é de que o preço mínimo do frete seja tabelado.
No entanto, para o relator da comissão externa da Câmara criada para acompanhar o movimento dos caminhoneiros, deputado federal Osmar Terra (PMDB-RS), é difícil que a exigência seja atendida pelo governo. Diante dos últimos encontros, sem avanços, o parlamentar estima que seja difícil conter os ânimos dos trabalhadores. “Eles estão com a expectativa de que o governo possa estabelecer um preço mínimo do frete. Eu, particularmente, acho isso muito difícil, porque seria preciso convencer quem compra os serviços a pagar mais caro. Como caiu a atividade econômica, estamos com fretes com preço baixo. O que o governo poderia fazer seria a redução de custos dos caminhoneiros, mas fez o contrário”, avaliou.
Como medidas alternativas para atenuar a crise, o deputado sugere que o governo ofereça crédito especial aos caminhoneiros autônomos, além de buscar a redução de impostos para diminuir o preço do óleo diesel. Terra ressaltou, ainda, que os manifestantes que participaram da paralisação nas estradas, entre fevereiro e março, também querem o perdão às infrações de trânsito registradas no período.
Fonte Correio do Povo