Ato reuniu, nesta terça-feira, motoristas na BR 392, entre Rio Grande e Pelotas
O quinto aumento seguido do preço da gasolina e do diesel, anunciado na segunda-feira pela Petrobras, não caiu bem entre caminhoneiros que começaram uma mobilização para cobrar uma solução do Governo Federal. O combustível que move caminhões e alguns utilitários teve acréscimo de R$ 0,1294, ou 5% e já acumula alta de 34,1% em 2021, que mal começou. No Rio Grande do Sul, na tarde desta terça-feira, um ato reuniu caminhoneiros na BR 392, entre Rio Grande e Pelotas, no Sul do Estado. Apesar da manifestação isolada, representantes da categoria no RS afirmam que ainda não há previsão de atos organizados e mais generalizados.
Atual vice-presidente da Confederação Nacional dos Caminhoneiros e Transportadores Autônomos de Bens e Cargas (Conftac) e presidente da Federação dos Caminhoneiros do RS (Fecam-RS), André Costa garante que por enquanto não há nenhuma movimentação dos sindicatos associados em relação à paralisação. “São grupos isolados que iniciaram algumas movimentações. Na realidade, isso teve início com as empresas transportadoras de combustível em Minas Gerais, durante o final de semana. Depois no Rio e agora estão lentamente se espalhando para alguns pontos isolados do país”, relaciona. “Estamos acompanhando isso, mas com cautela”, acrescenta.
Costa afirma que devido a pandemia de Covid-19, o momento é delicado “em todos os sentidos”, e que qualquer posição extremada pode prejudicar muita gente. “Creio na consciência das pessoas e acho que, se alguém quer parar o que está fazendo em sua atividade de forma a protestar por algo, pare. Mas pare em casa. No caso dos caminhoneiros, pare seu caminhão na frente de sua casa, fique com a família, cuide de sua família. Não vá para a beira da pista incentivar o caos, atentar contra colegas que não concordam com a sua opinião”, orienta.