Presidente conversou com a família de Marcelo Aloizio de Arruda e criticou esquerda por fazer uso político do caso
O presidente Jair Bolsonaro conversou, nesta terça-feira, com dois irmãos do militante do PT e guarda municipal Marcelo Aloizio de Arruda, morto no domingo, em Foz do Iguaçu, pelo policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, apoiador do atual governo. Bolsonaro disse condenar a violência do caso e chamou de “desequilibrado” o assassino de Marcelo.
“O que a gente quer é que reine sempre a paz. O que não justifica é a violência. Esse cara [que assassinou Marcelo], pelo que tudo leva a crer, é um desequilibrado. Por mais que, porventura, tenha tido uma troca de palavras grosseiras, não justifica o cara voltar armado e fazer o que fez. No meu entender, nada justifica o que aconteceu. Nada justifica”, afirmou Bolsonaro, em chamada de vídeo com José e Luiz de Arruda.
O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) intermediou a conversa de Bolsonaro com os irmãos de Aloizio. O parlamentar viajou a Foz do Iguaçu para encontrar os familiares da vítima. O presidente reclamou do fato de a esquerda politizar o episódio e disse que nunca estimulou atos de violência. “A verdade é que essa esquerda aí está fazendo uso político. A gente busca sempre a paz. Vocês nunca viram eu estimulando qualquer tipo de atrito, apesar de grande parte da imprensa dizer exatamente o contrário”, comentou.
Durante o contato com José e Luiz, o presidente sugeriu que eles venham a Brasília para conversar com a imprensa sobre o caso. “A possível vinda de vocês a Brasília, se concordarem, qual é a ideia? É ter uma coletiva de imprensa para falar o que aconteceu. Até para [poupar] ataques ao seu irmão. Não é a direita, a esquerda.
Eu faria isso para vocês terem a imprensa na frente de vocês para mostrar o que aconteceu”, ponderou. “Se bem que a imprensa dificilmente vai voltar atrás, porque grande parte da imprensa tem o seu objetivo também, que é desgastar o meu governo”, acrescentou.