Presidente mostrou o celular e troca de mensagens com o ex-ministro da Justiça para tentar desqualificar acusações de interferência na Polícia Federal
O presidente disse ainda que a “verdade está sendo restabelecida” e, para rebater o ex-ministro, mostrou seu celular e uma troca de mensagens com Moro. O presidente tentou, assim, desqualificar a acusação de que queria interferir na Polícia Federal ao sugerir a troca do superintendente a Moro. Numa das mensagens anteriores, o próprio ex-ministro diz que era “fofoca” a notícia de que a PF estaria em busca de deputados bolsonaristas.
Nessa segunda, Bolsonaro apareceu com um cartaz dizendo que o depoimento de Moro continha fofocas. “Isso é fofoca. O Moro disse que isso é fofoca, porque ele tem informações privilegiadas. Não tem nome de deputado nenhum, nem de Carlos Bolsonaro. Sinal que ele teve acesso ao processo e diz que é fofoca.”
Bolsonaro falou também: “Lamento o destino de Sérgio Moro, com o passado que tem, caçando corruptos, bandidos, acabar assim”. O presidente comentou que Moro “teve uma boa atuação no governo, e em outros momentos deixou a desejar”. Ainda ressaltou que o Ministério Público vai investigar tudo, “ouvir ministros e outras pessoas para ver se cometi algum crime”.
Sobre a acusação de que participou, no último domingo, de manifestações antidemocráticas, o presidente declarou que foi “um movimento espontâneo e eu estava na minha casa, a Presidência da República. Na minha frente ninguém falou em fechar Congresso, STF. Foi o povo na rua. Tinha alguns cartazes, mas nada além disso”.
Bolsonaro ainda ressaltou que é atribuição sua a nomeação de superintendentes da Polícia Federal e que não tem nada contra o superintendente do Rio de Janeiro, Carlos Henrique Sousa. Destacou que Sousa será promovido na Polícia Federal, deixando o Rio de Janeiro, e que isso provaria que ele não tem nada contra o policial.
R7 e Correio do Povo