Banco anunciou fomento de R$ 2 bilhões para o combate aos efeitos da pandemia de coronavírus, principalmente para regiões sem infraestrutura
Empresas de outros setores que buscam converter suas produções em equipamentos e insumos para saúde serão contempladas, informou. O BNDES disse que o Programa buscará apoiar a ampliação do número de leitos de UTI, especialmente em regiões que apresentam níveis elevados de carência em infraestrutura.
A estimativa do BNDES é de que a quantidade de leitos de UTI seja ampliada em 3 mil, o equivalente a mais de 10% da disponibilidade atual de leitos do SUS no País, disse a instituição financeira. O número de respiradores pulmonares deverá aumentar em 15 mil, o correspondente a 50% da demanda total do SUS prevista para os próximos três meses, informou.
O BNDES estima que o número de monitores aumentarão em 5 mil e que o número de máscaras cirúrgicas deverá aumentar em 88 milhões. Com as novas medidas, o BNDES disse que os programadas anunciados levarão a um impacto positivo na economia de R$ 97 bilhões. Na semana passada, R$ 55 bilhões foram aprovados, sendo R$ 20 bilhões de transferência de recursos do fundo PIS/PASEP para o FGTS, R$ 19 bilhões para suspensão de pagamentos de operações diretas, R$ 11 bilhões para suspensão de pagamentos de operações indiretas e R$ 5 bilhões para reforço da linha BNDES Crédito Pequenas Empresas).
Ainda na semana passada, o BNDES lançou uma linha emergencial de crédito para folha de pagamento de pequenas e médias empresas, num total de R$ 40 bilhões, que poderá ser acessada por empresas com faturamento anual entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões, exclusivamente para o pagamento da folha de salários de funcionários, por meio de bancos credenciados.
O banco explicou que os recursos serão depositados para pagamento dos trabalhadores e estão limitados a dois salários mínimos (até R$ 2.090,00), permanecendo o restante, se houver, a cargo do caixa da empresa. O pagamento do empréstimo será feito pela empresa que contratar o crédito junto aos bancos. Para esse programa destinado às PMEs, haverá aporte de R$ 34 bilhões do Tesouro Nacional e de R$ 6 bilhões de recursos dos bancos.
Assim, 85% do risco de crédito será do governo e os 15% restantes, dos bancos. O BNDES destacou que o Conselho Monetário Nacional (CMN) concedeu uma autorização exclusiva ao BNDES para repassar recursos às fintechs autorizadas como Sociedade de Crédito Direto (SCDs). Com isso, a partir de maio, as fintechs cadastradas na plataforma online de solicitação de crédito do BNDES, o Canal MPME, passarão a operar com recursos do banco de fomento.
Correio do Povo