“BM não escolhe cor para abordar ou prender”, diz comandante-geral
Sindicância apontou que não houve racismo durante abordagem de motoboy em Porto Alegre
Feoli destacou também que um dos soldados envolvidos na abordagem ingressou na BM por cotas raciais.
“A BM foi julgada, por alguns canalhas, como despreparada e racista. A BM que foi julgada e condenada, é a mesma que protege mulheres agredidas, idosos e crianças vulneráveis; que foi acolhedora com o Vale do Taquari e salvou a população indígena no extremo Sul da Capital. Ela [BM] é composta por homens e mulheres honrados, preparados em todos os cursos da instituição com ênfase em direitos humanos.”

Ainda segundo o coronel, em 2023, foram realizadas 114 mil prisões, sendo que em 70% dos casos o preso era uma pessoa branca. “A BM não escolhe cor para abordar ou para prender, ela se atém aos fatos”, enfatizou Feoli.
Por fim, o comandante-geral declarou que o trabalho da corporação é feito de maneira técnica. “No ano passado, tivemos 311 policiais feridos e cinco mortos. Ninguém procurou a instituição para saber desse número. Quero que o cidadão gaúcho tenha certeza que a BM vai continuar fazendo seu trabalho técnico”, concluiu.














O comandante-geral da Brigada Militar, coronel Cláudio Feoli, rebateu os ataques feitos contra a instituição ao longo da semana. Ele se opôs às críticas sobre a prisão do motoboy negro agredido por um idoso branco em Porto Alegre. As declarações do oficial ocorreram na sexta-feira, durante coletiva.
Na ocasião, foi divulgado o resultado da sindicância feita sobre a abordagem. A investigação concluiu que não houve racismo na atuação dos policiais militares. Já a Polícia Civil, indiciou motoboy e idoso por lesão corporal.
“Nossa instituição foi alvo de diversos ataques ao longo da semana. Ataques que desconsideram o artigo quinto da constituição, que vislumbra o princípio da ampla defesa e do contraditório. O que deveria valer a todo o cidadão brasileiro, foi desconsiderado para os policiais militares. O julgamento dos policiais e a condenação sumária ocorreram. Isso também feriu o devido processo legal, que está presente na Declaração Universal de Direitos Humanos e foi esquecido até por autoridades públicas”, disse o coronel.









