“Está difícil. Só vem pauta-bomba. Não dá para votar apenas matéria de repercussão negativa. É muita pressão sobre a base”, desabafou um parlamentar, depois que a votação foi suspensa, diante de somente dois registros de presença no plenário. Com essa visão, um grupo de parlamentares pedirá a Sartori que recue, por hora, de sua intenção de aprovar o PL 336. “Tem muita resistência na base, pois esse projeto mexe num ponto delicado da sociedade, que são os idosos, pessoas que precisam. Nós, representantes da base, temos o dever de sensibilizar o governador para que tire a urgência ou retire o projeto”, explica o líder do PMDB, deputado Álvaro Boessio.
O descontentamento não se resume ao incômodo do projeto. Deputados de diversos partidos da base admitem o temor do impacto do voto impopular sobre as eleições do ano que vem. “Vai piorar quando a virada do ano se aproximar. Mais gente da base vai preferir se preservar”, alerta outro parlamentar.
Se depender do líder do governo, Alexandre Postal (PMDB), o PL 336 não sairá da pauta. “Vamos ouvir sugestões, talvez ajustar para 15 ou 20 salários mínimos, como alguns parlamentares acham que deve ser. Mas ou encontramos consenso, ou retiramos o projeto”, avalia Postal.