Como a China representa parte da economia mundial, deverá haver um efeito de contágio
No começo de janeiro, o BM disse esperar para este ano um aumento do crescimento econômico mundial de até 2,5% contra 2,4% em 2019. Malpass deu ênfase especial ao explicar o impacto da epidemia na cadeia de abastecimento de e para a China. “Para dar um exemplo: muitos produtos chineses vão para o mundo na barriga de aviões de passageiros. De forma que se cortarem os voos de passageiros, é preciso ajustar as cadeias de abastecimento para que a economia continue operando”, disse.
Várias companhias aéreas decidiram suspender seus voos de e para a China após o aparecimento desta epidemia, que matou mais de 420 pessoas e contaminou 24 mil. Yellen, por sua vez, disse esperar “um efeito importante” no crescimento da China ao menos no primeiro trimestre do ano e talvez no segundo. “E como a China representa parte da economia mundial, deverá haver um efeito de contágio” em outros países, acrescentou.
Ela acrescentou que em outros episódios de epidemias, observaram-se efeitos econômicos importantes no curto prazo. “A largo prazo, parece ter um efeito relativamente pequeno”, disse. O medo da propagação do vírus paralisou a China, o que tem efeitos para a economia mundial ainda difíceis de quantificar. O Banco Mundial disse estar avaliando as “consequências econômicas e sociais” e se disse disposto a apoiar a China para enfrentar o problema. A instituição mostrou-se disposta a apoiar todos os seus países-membros, especialmente os mais pobres e vulneráveis, para enfrentar os efeitos desta crise.
Correio do Povo