A Defesa Civil de Gaza disse neste domingo que um bombardeio israelense matou 30 pessoas em duas escolas na Cidade de Gaza. Os locais seriam abrigos para milhares de palestinos deslocados pela guerra, afirmou a entidade controlada pelo Hamas. O Exército de Israel confirmou o bombardeio, mas disse que as escolas abrigavam um centro de comando e controle do grupo terrorista e que teria matado extremistas, sem especificar números. Esse foi o terceiro ataque a escolas nos últimos quatro dias.
Segundo ele, um caça F-16 atingiu a escola Hassan Salama, onde pelo menos 14 pessoas foram soterradas.
Estilhaços também atingiram a escola vizinha conhecida como Nasser, disse ele, embora veículos de mídia locais tenham dito que a escola também foi diretamente alvejada.
Israel afirmou ter tomado medidas para mitigar o risco de ferir civis antes do ataque, incluindo o uso de munições de precisão, vigilância e inteligência, embora não tenha especificado como tinha feito isso.
O ataque do domingo foi uma repetição de cenas semelhantes ocorridas no dia anterior na Escola Hamama, onde a Defesa Civil disse que 17 pessoas foram mortas em um ataque, e na quinta-feira, na Escola Dalal al-Mughrabi, onde um bombardeio matou 15 pessoas.
Segundo a Defesa Civil de Gaza, todas as quatro escolas abrigavam moradores da cidade que foram forçados a deixar suas casas durante a guerra, transformando salas de aula e corredores em abrigos temporários.
Acampamento
Também no domingo mais cedo, ataques israelenses mataram pelo menos 18 pessoas. Um atingiu um acampamento de tendas para milhares de palestinos deslocados no pátio do Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, matando quatro pessoas, incluindo uma mulher, disse o ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
O Exército israelense afirmou que o ataque teve como alvo um militante terrorista, o que causou explosões secundárias, “indicando a presença de armamento na área”.
Grupos terroristas em Gaza dispararam pelo menos cinco projéteis em comunidades israelenses perto da fronteira sem causar vítimas ou danos, disseram os militares.
A guerra na Faixa de Gaza foi desencadeada pelo ataque do Hamas em 7 de outubro a Israel, que matou cerca de 1,2 mil pessoas, a maioria civis, e fez cerca de 250 reféns.
A ofensiva massiva de Israel em resposta já matou pelo menos 39 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que não faz distinção entre civis e combatentes terroristas.
Ataques aéreos pesados e operações terrestres causaram destruição generalizada e deslocaram a vasta maioria dos 2,3 milhões de habitantes de Gaza.
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