Estado enfrenta crise de segurança pública desde sábado
O ministro da Justiça, Anderson Torres, anunciou nesta segunda-feira, 7, o envio da Força Nacional de Segurança ao Amazonas, onde uma onda de ataques violentos em Manaus e no interior abriu uma crise na segurança pública do Estado.
Desde domingo, criminosos têm depredado e incendiado prédios públicos e agências bancárias, na capital e no interior.
Os ataques seriam uma reação do crime organizado à morte de um suposto traficante de drogas, no sábado, 5.
Wilson Lima (PSC) informou que fez o pedido ainda no domingo. “Ontem à noite formalizei pedido ao Ministério da Justiça para o envio de homens da Força Nacional ao Amazonas. O objetivo é que reforcem o trabalho das forças de segurança do Estado, que atuam no combate aos atos de vandalismo que têm acontecido nas últimas horas”, disse.
O planejamento da operação, segundo o ministro Anderson Torres, está sendo elaborado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, ligada à pasta.
A onda de violência causa impacto na oferta de serviços públicos no Amazonas. Nesta segunda, as aulas foram suspensas. O transporte coletivo foi paralisado no domingo e voltou a funcionar apenas parcialmente. Até a vacinação contra a covid-19 foi interrompida.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a ordem para os ataques partiu de dentro de um presídio após a morte de Erick Batista Costa, o “Dadinho”, de 30 anos, durante uma ação policial, no sábado.
“Dadinho” seria integrante do Comando Vermelho. A facção criminosa do Rio de Janeiro passou a dominar o tráfico de drogas em Manaus, após uma guerra na disputa das rotas do tráfico com a facção Família do Norte.
Segundo levantamentos oficiais,ao menos 29 veículos, sete agências bancárias e oito prédios públicos foram alvo de ataques em Manaus e em cidades do interior do Amazonas até esta segunda-feira. Entre os automóveis depredados estão 18 ônibus, dois carros de polícia e uma ambulância.