AGU pede aumento no bloqueio de bens de presos que depredaram os Três Poderes
Elevação iria de R$ 18,5 milhões para R$ 20,7 milhões.
A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu à Justiça Federal do Distrito Federal que o bloqueio de bens de presos suspeitos de participarem dos atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes no dia 8 de janeiro seja elevado de R$ 18,5 milhões para R$ 20,7 milhões.
Conforme a AGU, o acréscimo leva em consideração estimativa atualizada de prejuízos sofridos pela Câmara dos Deputados, que elevou o cálculo de danos de R$ 1,1 milhão para R$ 3,3 milhões.
As ações cautelares foram propostas para garantir o ressarcimento aos cofres públicos em caso de posterior condenação definitiva dos envolvidos. A AGU defende que todos os responsáveis, sejam financiadores ou depredadores, devem responder solidariamente pelo prejuízo causado ao patrimônio público, nos termos do Código Civil. Ao menos R$ 4,3 milhões só em veículos de pessoas e empresas envolvidas já estão bloqueados.
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Nesta terça-feira, o ex-comandante de Operações da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), coronel Jorge Eduardo Naime, foi preso pela Polícia Federal durante a 5ª fase da Operação Lesa Pátria, em Vicente Pires.
A área então chefiada por ele era responsável pelo planejamento das operações da corporação no dia 8 de janeiro, quando vândalos destruíram as sedes dos Poderes.
Os policiais federais cumprem três mandados de prisão temporária, um de prisão preventiva e seis de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), todos no Distrito Federal. Os alvos estão, de alguma forma, envolvidos nos atos de depredação.
Correio do Povo