Reforma tributária é aprovada em primeiro turno no Senado
A proposta, que aguarda votação em segundo turno, simplifica a tributação em todo o país e transforma cinco impostos em três
A reforma simplifica a tributação brasileira, transformando cinco tributos (ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins) em três: Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e Imposto Seletivo.Caso seja aprovada em 2023 no Congresso, somente no próximo ano ocorrerão as votações de leis complementares que vão regulamentar a reforma. Entre os temas que ainda precisarão ser resolvidos estão a definição de alíquotas, a dos itens a ser incluídos na cesta básica para receberem isenção total e a dos produtos que terão imposto seletivo aplicado.
A infraestrutura do novo sistema deve ser montada em 2025. A partir de 2026, começa a transição de impostos até 2033, quando sobrarão apenas os novos tributos previstos na reforma: o IBS, a CBS e o Imposto Seletivo.Confederação Nacional da Indústria diz que texto precisa ‘impedir cumulatividade’
A Confederação Nacional da Industria (CNI) divulgou uma nota em que diz apoiar a reforma mas faz críticas às exceções incluídas no texto. “O aumento de exceções de forma mais ampla resulta em um imposto mais alto para todos”, diz o comunicado.Segundo a CNI, não pode haver novas exceções, e as já admitidas devem ser revistas em um prazo determinado. “A reforma que a indústria defende tem como um de seus princípios o fim da cumulatividade.
Para isso, é preciso que o imposto seletivo não incida sobre insumos e que seja eliminado o novo tributo sobre bens primários e semielaborados, que vão onerar toda a cadeia produtiva”, argumenta a CNI.