Governo pretende retirar 900 brasileiros de Israel até sábado
Duas aeronaves já deixaram o Brasil em direção a Tel Aviv
O governo brasileiro estima retirar, até sábado, 900 brasileiros de Israel e da Palestina, informou o comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno. “Estamos coordenando as listas com o Ministério das Relações Exteriores”, disse o militar, em entrevista nessa segunda-feira. Os confrontos após ataque do Hamas já deixaram centenas de mortos e a região da Faixa de Gaza agora passa por um cerco.
De acordo com o Itamaraty, a prioridade é a repatriação de quem mora no Brasil ou não conseguiu passagem aérea de volta. Até o momento, 1,7 mil brasileiros, a maioria turistas, manifestaram interesse em retornar ao Brasil, em razão do conflito entre Israel e o grupo Hamas iniciado no fim de semana.
“O Ministério das Relações Exteriores reitera recomendação de que todos os nacionais que possuam passagens aéreas, ou que tenham condições de adquirí-las, embarquem em voos comerciais do aeroporto Ben-Gurion, que continua a operar”, reforça a nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores.
Foram reservadas seis aeronaves para a repatriação. O segundo avião da Força Aérea Brasileira (FAB) deixou a Base Aérea de Brasília nessa segunda-feira. O KC-30 decolou às 16h20min rumo à cidade de Roma, na Itália. De lá, ele segue para Tel Aviv, em Israel.
O primeiro, um Airbus A330-200 convertido em um KC-30 com capacidade para 230 passageiros, saiu do Brasil na tarde do domingo.
Faixa de GazaEm relação aos brasileiros na Faixa de Gaza, região mais afetada pelo conflito, o governo prepara um plano de evacuação, coordenado pela Embaixada do Brasil no Cairo (Egito).
“O Escritório de Representação em Ramala segue em contato com os brasileiros na Faixa de Gaza e, tendo em conta a deterioração das condições securitárias na área, está implementando plano de evacuação desses nacionais da região, em coordenação com a Embaixada do Brasil no Cairo”, menciona a nota do ministério.
O Itamaraty estima que ao menos 30 brasileiros vivam na Faixa de Gaza e outros 60 em Ascalão e em localidades na zona de conflito.
