Hamas mantém cerca de 100 reféns; número de mortos em Israel passa de 700
Embaixador de Israel em Washington, Michael Herzog, disse que também há cidadãos americanos entre os sequestrados; do lado palestino morreram mais 400
O embaixador de Israel em Washington, Michael Herzog, disse que também há cidadãos americanos entre os reféns. Várias pessoas com dupla nacionalidade alemã e israelense também foram capturadas, indicaram fontes governamentais em Berlim.
A ministra das Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena, informou na rede social X que um homem e uma mulher mexicanos “foram supostamente tomados como reféns pelo grupo Hamas, em Gaza”.
Vários países, incluindo a Polônia e o Brasil, anunciaram o envio de aviões especiais a Israel para repatriar cidadãos. As companhias aéreas internacionais cancelaram dezenas de conexões aéreas com Tel Aviv desde sábado.
Conselho de Segurança se reúne hoje
Convocado pelo Brasil, que ocupa a presidência da organização em outubro, o Conselho de Segurança da ONU se reúne neste domingo para debater a situação no Oriente Médio.
O presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou “apoio adicional” a Israel “face a este ataque terrorista sem precedentes do Hamas”. Já o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, declarou que “o Irã apoia a defesa legítima da nação palestina”.
Netanyahu anunciou a suspensão do fornecimento de eletricidade, alimentos e outros bens de Israel para Gaza.
O Programa Mundial de Alimentos da ONU (PMA) disse estar “profundamente preocupado” com as medidas, que podem afetar 2,3 milhões de habitantes, sujeitos a um rígido bloqueio israelense há mais de 15 anos e enfrentando pobreza extrema.
Maior ofensiva em cinco décadas
“O braço armado do Hamas denominou a ofensiva como “Dilúvio Al Aqsa”, visando “pôr fim a todos os crimes da ocupação (israelense)”.
Os combatentes palestinos dispararam mais de 7 mil foguetes a partir da Faixa de Gaza e conseguiram infiltrar-se utilizando veículos, barcos e até parapentes.
Os milicianos chegaram a áreas urbanas como Ashkelon, Sderot e Ofakim, a 22 quilômetros de Gaza, e atacaram posições militares e civis no meio da rua.
Um ex-soldado israelense declarou que a guerra árabe-israelense de 1973, que ainda é um trauma nacional no Estado hebreu, parece “uma coisa pequena” comparada com a atual ofensiva do Hamas.
“O que aconteceu não tem precedentes em Israel”, reconheceu Netanyahu, naquele que é o maior ataque em décadas, 50 anos depois da guerra do Yom Kippur, que deixou mais de 2,6 mil israelenses mortos em três semanas de combates.
A ofensiva do Hamas ocorre quando Israel e a Arábia Saudita, sob a mediação de Washington, negociaram o estabelecimento de relações bilaterais, uma abordagem condenada pelo Hamas e pelo aliado Irã.
Hezbollah ataca “em solidariedade”
No norte, a partir do Líbano, o movimento xiita pró-Irã Hezbollah atacou com projéteis três posições israelenses em uma zona fronteiriça disputada, em “solidariedade” à ofensiva do Hamas.
O Exército israelense respondeu com bombardeios no sul do Líbano.