CNJ identifica parcialidade de magistrados e ‘gestão caótica’ na Lava Jato
Relatório parcial de investigação sobre 13ª Vara Federal de Curitiba e 8ª Turma do TRF-4 será agora encaminhado aos conselheiros
Além disso, segundo o relatório, foi verificada a existência de “um possível conluio” entre os diversos operadores do sistema de Justiça para destinar valores e recursos a fim de permitir que a Petrobras pagasse acordos no exterior que retornariam para interesse exclusivo da força-tarefa.“Concluiu-se que os acordos de colaboração, de leniência e de assunção de compromissos eram, em regra, homologados pelo juízo sem apresentação das circunstâncias da celebração e sem as bases documentais das discussões ocorridas entre as partes”, afirma o relatório parcial.Ainda segundo o documento, a Petrobras foi eleita “vítima para todos os fins” pela Operação Lava Jato, e todas as apurações cíveis a respeito da “violação dos deveres de administração, gestão temerária ou fraudulenta da companhia” foram centralizadas na força-tarefa.“A pretexto de dar transparência para a destinação de valores oriundos de acordos de colaboração e de leniência, o juiz Sergio Fernando Moro instaurou um procedimento de ofício, com a justificativa de que os valores depositado em contas judiciais ‘estavam sujeitos a remuneração não muito expressiva’, sem indicação nos autos de que o dinheiro sob responsabilidade da Caixa Econômica Federal estava sujeito a algum ‘grau de deterioração ou depreciação’ ou de que havia ‘dificuldade para a sua manutenção’”, diz o documento.