Moraes autoriza defesa de Michelle Bolsonaro a acessar investigação sobre desvio de presentes
Na semana passada, Polícia Federal pediu quebra dos sigilos bancário e fiscal da ex-primeira-dama
Na semana passada, a Polícia Federal pediu a quebra dos sigilos bancário e fiscal da ex-primeira-dama junto com a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Nos últimos dias, as investigações das supostas vendas ilegais de joias presenteadas por autoridades estrangeiras puseram Bolsonaro e Michelle na mira da PF.
Apesar de o ex-chefe do Executivo e a esposa não terem sido alvo da última operação do inquérito que apura o suposto desvio dos itens, um relatório de investigação mostra que pode haver relação direta deles com o caso.
O uso de avião público para transportar bens a serem vendidos nos Estados Unidos e mensagens organizando a entrega “em mãos” de US$ 25 mil ao ex-presidente aparecem entre os indícios encontrados pela Polícia Federal.
Moraes vê “determinação” de Bolsonaro para o esquema. Já a defesa do ex-presidente afirmou que ele “jamais se apropriou ou desviou quaisquer bens públicos”.
A PF também revelou que Michelle esqueceu joias na Embaixada do Brasil em Londres durante a viagem para participar do funeral da rainha Elizabeth 2ª, em setembro de 2022, segundo uma troca de emails de ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro.
Os itens, dentro de uma caixa de papelão, foram encontrados embaixo da cama do quarto em que Michelle e o ex-presidente ficaram hospedados. A assessoria da ex-primeira-dama nega que os objetos pertenciam a ela.