Wassef admite ter recomprado Rolex nos EUA, mas isenta Bolsonaro
Advogado afirmou ter pago R$ 300 mil pelo relógio de luxo, vendido por aliados do ex-presidente
Foto: Pedro França/Agência Senado
O advogado Frederick Wassef admitiu, nesta terça-feira, ter comprado, nos Estados Unidos, o relógio Rolex vendido por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em junho do ano passado.
A declaração ocorreu após a revelação de que há um recibo da compra em nome dele. Wassef também disse ter usado recursos próprios para reaver a peça, após determinação do Tribunal de Contas da União (TCU).
“A decisão foi minha”, disse. “Eu tenho conta aberta nos Estados Unidos em um banco em Miami e eu usei o meu dinheiro para pagar o relógio.
Então, o meu objetivo quando eu comprei esse relógio era exatamente devolvê-lo à União, ao governo federal do Brasil”, afirmou. O advogado ainda ironizou, dizendo que a União lhe deve R$ 300 mil, e afirmou que a recompra não se deu a pedido de Bolsonaro, mas depois da ordem do TCU.
A Operação Lucas 12:2, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na última sexta-feira, investiga um grupo de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, suspeito de ter vendido joias e outros objetos de valor, como esculturas, entregues a autoridades brasileiras em missões oficiais fora do país.
O nome da ação alude a um versículo bíblico que prega que nada permanece escondido para sempre.