PGR pede ao Supremo que arquive inquérito sobre deputado que pediu CPMI do 8 de Janeiro
André Fernandes (PL-CE) assinou requerimento de instalação da Comissão Parlamentar
Em maio, a Polícia Federal concluiu que o deputado, autor do requerimento de instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional para investigar o 8 de Janeiro, incitou os ataques às sedes dos Três Poderes.
No relatório, a corporação escreveu que o parlamentar “praticou a conduta […] [de] incitar, publicamente, a prática de crime, qual seja, de tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos Poderes constitucionais”.
Contrariando a PF, o subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, afirmou que não há provas para continuar a investigação. “É evidente que uma publicação em rede social pode sim levar a uma influência causadora de um resultado delitivo, mas, neste caso, replicar um conteúdo já conhecido por milhares torna impossível conhecer o nível de influência da postura do investigado, o que torna a causalidade, em caso de eventual continuidade da persecução penal, apenas uma suposição indemonstrável”, disse.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu ao STF, em 11 de janeiro, a abertura de um inquérito para investigar Fernandes, além das também deputadas Clarissa Tércio (PP-PE) e Silvia Waiãpi (PL-AP), por usarem as redes sociais para incitar os atos de vandalismo. A situação das parlamentares ainda precisa ser definida.