Morre, aos 70 anos, o músico e compositor Luiz Carlos Borges, em Porto Alegre
Internado no Complexo da Santa Casa, ele não resistiu a uma cirurgia para corrigir um aneurisma de aorta
Natural de Santo Ângelo, Borges participou e venceu festivais de música regional, como o Musicanto Sul-Americano, onde também atuou como jurado, idealizador e organizador, em Santa Rosa.
Borges também presidiu o Instituto Gaúcho de Tradição e Folclore (IGTF) e era considerado o principal introdutor, na cultura gaúcha, dos elementos do chamamé, estilo musical de origem argentina que funde as cultura indígena guarani, afro-americana e europeia.
Com quase 60 anos dedicados à música e 35 discos lançados, animou bailes, durante duas décadas, ao lado do grupo familiar “Irmãos Borges”, estreando carreira solo a partir da composição “Tropa de Osso”, premiada na 9º edição da Califórnia da Canção Nativa de Uruguaiana, em 1979.
A partir daí, começou a tocar em diversas regiões brasileiras e países da América do Sul, Europa, Ásia e América do Norte, levando na bagagem mais de uma centena de prêmios conquistados em festivais como compositor, intérprete, instrumentista e arranjador.
No dia em que chegou ao último aniversário, em 25 de março, Borges postou em redes sociais: “Alegria! 70 anos de vida, 60 anos deles grudados na cordeona. A festa começou ontem e segue hoje (por aqui estou) no Rancho Tabacaray com El Topador esperando os amigos! Gracias Los Corrales pela parceria na pilcha!”.
No Twitter, o governador Eduardo Leite, que cumpre agenda oficial em Nova Iorque, nos Estados Unidos, lamentou a perda do artista: “O tradicionalismo e a cultura gaúcha perdem hoje um de seus representantes de maior talento.
O silêncio na gaita de @lcborgesoficial entristece todas as querências, mas a poesia em sua música seguirá sempre viva nos quatro cantos do Rio Grande. Meu abraço à família, amigos e fãs”.