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segunda-feira 25 novembro 2024
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GSI dispensou reforço de guarda no Planalto 20 horas antes da invasão no DF

GSI dispensou reforço de guarda no Planalto 20 horas antes da invasão no DF

Motivos por trás da decisão são desconhecidos

Momento em que manifestantes ocupam o Palácio do Planalto - 08/01/2023 | Foto: Reprodução/Twitter

Foto: Reprodução/Twitter

Momento em que manifestantes ocupam o Palácio do Planalto – 08/01/2023

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) dispensou, por escrito, o pelotão de quase 40 homens do Batalhão da Guarda Presidencial, cerca de 20 horas antes da invasão às sedes dos Três Poderes, no domingo 8, informou o jornal O Estado de S. Paulo, publicada nesta quinta-feira, 12.

Com fontes do Exército, a reportagem reconstituiu os dias anteriores à ação. Nenhuma das fontes revelou por que o GSI, sob responsabilidade do general Marco Edson Gonçalves Dias, nomeado pelo presidente Lula, dispensou o reforço e qual o motivo de ter demorado a agir. As providências foram tomadas somente depois de os prédios terem sofrido danos.

Após um pedido protocolado na sexta-feira 6, em razão da chegada de caravanas a Brasília, o Batalhão da Guarda Presidencial reforçou a segurança no dia seguinte. Na manhã de domingo, porém, não havia mais policiais extras, apenas o efetivo normal, já que houve uma dispensa formal no início da noite de sábado.

No domingo, segundo o Estadão, a guarda também não tinha equipamentos de controle de distúrbios civis, como escudos, bombas de gás e balas de borracha. A maioria do efetivo portava somente fuzis com munição letal.

Foi só no início da tarde de domingo que o Comando Militar do Planalto (CMP), por iniciativa própria, entrou em contato com o GSI e reenviou o pelotão ao Palácio do Planalto. Além disso, era uma tropa muito menor do que a mobilizada em outras situações, como na ação de black blocks em 24 de maio de 2017, que queriam o impeachment do então presidente Michel Temer (MDB). Daquela vez, o efetivo era 15 vezes maior.

Segundo a reportagem, o Exército acompanhou a ação na Esplanada por meio de drones no domingo. Às 14h30, ocorreu o primeiro confronto com a Polícia Militar, perto da catedral de Brasília. Às 15 horas, o general Geraldo Henrique Dutra Menezes, chefe do CMP, enviou 113 homens com equipamentos de choque, do Setor Militar Urbano (SMU) para o Palácio.

Era a primeira de três levas despachadas para retomar o lugar das mãos dos manifestantes. Só então — com o Palácio e os outros órgãos invadidos —  o GSI formalizou o pedido de reforço e ativou o chamado Plano Escudo, que prevê a proteção do Planalto, do Alvorada, do Jaburu e da Granja do Torto sem que seja necessária a decretação de operação de Garantia de Lei e Ordem. As duas levas seguintes de reforço, com 93 e 118 militares, foram enviadas após o pedido do GSI.

Todos os militares saíram do SMU, onde o CMP mantinha três subunidades do Exército. De acordo com os militares consultados pela reportagem do Estadão, era do GSI a responsabilidade de pedir reforço para a guarda do Palácio do Planalto, assim como acionar o Plano Escudo.

Por desconfiança da lealdade dos membros do GSI, ao tomar posse, Lula retirou sua segurança pessoal do gabinete e transferiu a responsabilidade à Polícia Federal. Nomeado por Lula para chefiar o GSI, o general Marco Edson Gonçalves Dias ainda não havia nomeado sua equipe na semana passada

Fonte Revista Oeste




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