Os candidatos Eduardo Leite (PSDB) e Onyx Lorenzoni (PL), que vão disputar o segunto turno das eleições para o governo estadual, novamente alternaram ataques durante o debate promovido no início da tarde desta quarta-feira pela Federasul, na sede da entidade.
Os embates começaram ainda no primeiro dos seis blocos, destinado às considerações iniciais, quando Onyx voltou a citar indiretamente a polêmica da semana passada sobre homofobia e as trocas de acusações que se seguiram.
Ele queixou-se ainda de ser alvo de uma campanha de baixo nível e desmentiu o que chamou de ‘terrorismo’ ocorrendo junto a prefeitos: de que, se vencer as eleições, obras vão parar.
Leite rebateu no segundo bloco, destinado às perguntas da Federasul sobre equilíbrio fiscal, redução de carga tributária, aumentos para servidores, geração de empregos, atração de investimentos e competitividade.
O tucano disse que a baixaria não parte da campanha dele e voltou a destacar que um dos colaboradores do adversário, remunerado, postou, nas redes sociais, insinuações de pedofilia em relação a ele, Leite. “Entramos judicialmente e tiramos isso do ar”, resumiu.
No terceiro e no quarto blocos, quando fizeram questionamentos entre si, a ironia marcou as manifestações dos dois postulantes ao Piratini, que divergiram sobre várias outras questões. Entre elas, a posição que o Brasil ocupa no ranking do valor da gasolina em diferentes países, as aspirações de Leite de concorrer à presidência da República, o fato de Onyx exercer mandatos fora do RS há quase duas décadas, a venda da CEEE, o plano de privatização da Corsan, a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o uso dos recursos federais durante a pandemia do coronavírus, e o desempenho de Onyx nos ministérios que chefiou.
Em uma fala de Leite, houve nova alusão à comparação sobre qual candidato é “mais homem”. Onyx disse, então, que “campanha não é para mimimi.”
No quinto bloco os dois responderam a uma pergunta da Federasul sobre se pretendem aumentar alíquotas de impostos, como o ICMS. Onyx se comprometeu a não aumentar o ICMS e a trabalhar para reduzir outros impostos e simplificar a matriz tributária.
Leite prometeu trabalhar para a redução da carga tributária e disse que esse é um dos objetivos das reformas e privatizações.
No sexto bloco, destinado às considerações finais, os candidatos terminaram fazendo comparações entre ações do governo federal e do estadual, e seguindo com a troca de farpas sobre o projeto de privatização da Corsan, o Banrisul, a área da saúde, a corrupção, o combate à pandemia do coronavírus e a eleição nacional.