Bolsa teve segunda queda seguida e recuou 0,89%
O dólar comercial encerrou a segunda-feira vendido a R$ 5,167, com recuo de apenas 0,03%. A cotação iniciou o dia em alta, chegando a R$ 5,20 por diversas vezes entre as 11h e as 12h. A partir do início da tarde, a moeda desacelerou, beneficiada pela recuperação das commoditites (bens primários com cotação internacional) e pelos juros altos nos países emergentes.
O euro comercial recuou ao longo de todo o dia e fechou a R$ 5,138, com queda de 0,98%. Desde o ano de criação, 2002, a moeda nunca valeu menos que o dólar.
A divisa europeia sofre impacto do agravamento da crise energética no continente, trazendo ameaça de recessão. Em caso de retração econômica, o Banco Central Europeu tende a ter pouca margem de manobra para elevar os juros, diferentemente do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano).
No mercado de ações, o dia também teve turbulência. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 110.501 pontos, com queda de 0,89%. No início das negociações, o indicador chegou a cair abaixo dos 110 mil pontos. No entanto, a entrada de alguns fluxos de capitais estrangeiros e a divulgação de lucros de empresas varejistas diminuíram o ritmo de queda.
Nesta semana, o mercado financeiro global está sob a expectativa do discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, na sexta-feira, no encontro anual de presidentes de bancos centrais em Jackson Hole, nos Estados Unidos. Os investidores querem pistas sobre o ritmo de aumento dos juros básicos na próxima reunião do Fed.
Na ata do último encontro, divulgada na semana passada, o Fed informou que vai manter os juros altos nos Estados Unidos enquanto a inflação estiver elevada.
Isso trouxe dúvidas se o órgão vai ou não elevar os juros em 0,5 ponto ou 0,75 ponto percentual na próxima reunião.
Taxas mais altas em economias avançadas favorecem a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil.