O médico anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso pelo estupro de uma paciente durante um parto cesárea, foi hostilizado por detentos ao dar entrada em Bangu 8, na zona oeste do Rio, na terça-feira (12).
Ontem, a Justiça do Rio decretou a prisão preventiva de Giovanni e determinou a transferência dele para o presídio durante a audiência de custódia.
O anestesista também já foi suspenso pelo Cremerj (Conselho Regional de Medicina) e responde a um processo no conselho que pode levar à cassação do registro de médico.
De acordo com informações da Record TV Rio, ao menos seis casos suspeitos que envolvem o médico anestesista são apurados pela polícia. A delegada responsável pela investigação, Bárbara Lomba, já tomou o depoimento de três possíveis vítimas.
A delegada ainda pretende ouvir a grávida abusada sexualmente durante o parto no Hospital da Mulher em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, no último dia 10, cujo caso foi flagrado em vídeo. Outras duas mulheres que também passaram por cirurgia no mesmo dia são aguardadas na delegacia.
Ainda há a suspeita de outras vítimas no Hospital de Mesquita, na mesma região, que também devem ser chamadas para depor.
Para a delegada, tudo indica que Giovanni usava alta dosagem de sedação com o intuito de violentar as pacientes.
Segundo Bárbara Lomba, o celular que gravou o flagrante do médico anestesista no momento em que ele colocava o pênis no rosto da paciente dopada durante o parto será encaminhado ao Instituto Carlos Éboli para perícia.
Os peritos também vão analisar a gaze usada por Giovanni para limpar o próprio corpo e o rosto da vítima durante o abuso. O conteúdo foi recolhido da lixeira pela equipe e entregue aos policiais em razão da possibilidade de conter material genético do anestesista.
O R7 ainda não localizou a defesa de Giovanni Quintella Bezerra, após o advogado Hugo Novais deixar o caso.