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sábado 23 novembro 2024
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Bolsonaro nega corrupção, mas indaga: “Quem nunca errou?”

Ele disse que não há denúncias na sua gestão, mas ministro da Educação é alvo de inquérito na PF por suposto tráfico de influênciaPresidente Jair Bolsonaro participa de evento do Partido Liberal neste domingo

Presidente Jair Bolsonaro participa de evento do Partido Liberal neste domingo 

Em meio às investigações sobre supostos pedidos de propina no Ministério da Educação e inquérito policial sobre a atuação do ministro Milton Ribeiro, o presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar, neste domingo, que não há nenhuma denúncia de corrupção em seu governo desde que iniciou seu mandato, em 2019, mas que “todos nós podemos errar”.

“Só o endividamento da Petrobras e do BNDES está na casa do R$ 1 trilhão, o que daria para fazer cem vezes a transposição do rio São Francisco. Acabou a farra com o dinheiro público. Buscam qualquer coisa, qualquer gota d’água para transformar num tsunami. Mas todos sabem como nos portamos: três anos e três meses em paz nessas questões”, disse.

“Se aparecer [denúncia de corrupção], nós colaboraremos para que os fatos sejam elucidados. Todos nós somos humanos, todos nós podemos errar. Quem nunca errou? E devemos e podemos ter uma segunda chance para voltar a sermos úteis para a sociedade”, completou.

As declarações foram feitas por Bolsonaro durante evento organizado pelo Partido Liberal, em Brasília, com o objetivo de ampliar a quantidade de políticos ligados à sigla e, dessa forma, aumentar a base de apoio do atual comandante do Palácio do Planalto, que tentará a reeleição nas eleições deste ano.

Nesta semana, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar o suposto esquema de tráfico de influência envolvendo o ministro da Educação, Milton Ribeiro, e pastores que frequentam a pasta, mas que não têm cargo público.

A corporação vai avaliar se os religiosos influenciaram o envio de verba para municípios em troca de propina, se o ministro da Educação sabia das irregularidades e se colaborou com elas. Nas próximas semanas, a PF deve ouvir Ribeiro e os pastores. As diligências estão a cargo do delegado Bruno Caladrini

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Durante reunião no ministério, Ribeiro afirmou que o governo federal prioriza prefeituras cujos pedidos de liberação de verba foram negociados por dois pastores (Gilmar Santos e Arilton Moura). O áudio foi revelado pelo jornal Folha de S. Paulo e, segundo o ministro, o pedido partiu do próprio Bolsonaro.

“Porque a minha prioridade é atender primeiro os municípios que mais precisam e, em segundo, atender a todos os que são amigos do pastor Gilmar. Porque foi um pedido especial que o presidente da República fez para mim sobre a questão do Gilmar. Apoio. Então o apoio que a gente pede não é segredo, isso pode ser [inaudível] é apoio sobre construção das igrejas”, disse Ribeiro.

Em nota, Ribeiro blindou Bolsonaro e negou irregularidades. O presidente, por sua vez, disse na tradicional live, da última quinta-feira (24), que botaria a cara no fogo pelo ministro.

Correio do Povo




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