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sexta-feira 22 novembro 2024
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O aquecimento global é mentira, diz climatologista


O professor de climatologia da Universidade de São Paulo (USP), Ricardo Augusto Felicio, é um dos poucos céticos quanto ao aquecimento global no Brasil. 

Para o docente, o fenômeno não passa de uma mentira, já que não existem provas científicas de que a Terra está aquecendo. 

Segundo ele, só no último século as temperaturas subiram e desceram duas vezes e isso faz parte da variabilidade climática.
Por que o senhor afirma que o aquecimento global não existe?
Quando o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, sigla em inglês) quer dizer que a Terra esquentou 0,74ºC em 150 anos é o mesmo que contar uma piada aos climatologistas sérios. 

As temperaturas já variaram muito mais do que 3ºC ou 5ºC há cerca de 5 mil anos. Em outros períodos, a Geologia nos retrata valores de mais de 8ºC. Ao mesmo tempo, dependendo da escala verificada, as variações podem ser grandes ou pequenas e não ocorrem ao mesmo tempo, nos mesmos lugares. 

Em certas partes, pode-se observar que as temperaturas subiram, em outras, que baixaram. 

Falar em média é uma verdadeira abstração, que esconde uma gama rica de fenômenos e variações. 

Não se pode entender clima assim. Só no último século, as temperaturas subiram e desceram duas vezes. Isso faz parte da variabilidade climática e não há nada de errado.
Existem provas que o aquecimento global existe?
Mostrar coisas derretendo não é prova de aquecimento global, pois, do contrário, mostrar coisas congelando seria prova de resfriamento global. 

Confunde-se as observações localizadas dos fenômenos e extrapola-se isso para o globo. Não é assim. 
É importante ressaltar que mostrar os fenômenos, observá-los, relatá-los, são etapas do conhecimento científico. 
Agora, atribuir causa a eles assim do nada é que se torna estranho demais. Note que não é porque observamos melhor o planeta e seus fenômenos, através do nosso aparato tecnológico, que provamos que eles mudaram, pois as séries são muito pequenas, e muito menos que é o homem a sua causa. 
Nesses termos, podem apenas achar, supor, imaginar que aconteceu “aquecimento global” pela observação dos dados. 
Porém, pior ainda, só poder acreditar, crer, ter fé, que foi causado pela atividade dos humanos no planeta. 
Não há prova que o homem fez alguma alteração climática global. 
Qualquer afirmação desse tipo não passa de uma distorção do método científico consagrado.
Se o aquecimento global não existe, quais são as consequências do efeito estufa?
O “efeito estufa” é uma física planetária impossível. 
Em uma estufa, o ar está sob controle, ficando aquecido e não se misturando com o ar externo. É aprisionado e não consegue criar os vórtices, turbilhões e movimentos. Ao mesmo tempo, se tiver vapor d’água, este fica aprisionado. 
Na atmosfera real, o ar quente sobe, provoca convecção, fenômenos, a dinâmica de fluidos está liberada. 
É o mesmo exemplo de se estar dentro do carro com tudo fechado e exposto ao Sol. O calor é infernal, mas ao abrir as janelas, imediatamente libera-se a dinâmica de fluidos e as temperaturas caem. Gás em sistemas abertos não fica aprisionando calor. Ainda por cima, a física da re-emissão de infravermelho pregada como religião é absurda, porque se essas moléculas emitissem a energia absorvida, isto ocorreria de maneira isotrópica, sendo a superfície da Terra um dos menores alvos.
O CO², gases como o clorofluorcarbono (CFC) e o desmatamento destroem a camada de Ozônio?
Não. Não existe esta coisa de “camada de ozônio”, que já parece uma entidade religiosa. Ozônio é um gás de formação transitória, proveniente do segundo maior constituinte atmosférico, o gás oxigênio (chamado molecular) que só se forma com energia. Assim, necessita-se da energia do Sol, em seus raios ultravioleta da banda C, para que as nuvens ozônicas se formem na baixa e média estratosfera (terceira camada atmosférica de baixo para cima). 
As nuvens ozônicas surgem e desaparecem, mas em quantidades espetacularmente grandes. Essas variações foram descritas por Gordon Dobson (cientista britânico) e outros cientistas já de longa data, e nada tinham a ver com a hipótese fraudulenta da presença de cloro derivado de CFCs na estratosfera. Aliás, de fato, nunca se provou essa hipótese, nem mesmo em laboratório. 
Também omitiram durante o período de assinatura do outro protocolo, o de Montreal, que as fontes de cloro naturais, que lançam cloro na estratosfera são 80 mil vezes maiores que as humanas, mas é claro, venderam bem a ideia de que é a sua geladeira que destrói uma coisa que não existe: a tal “camada de ozônio”.
Na questão do desmatamento, alguns estudos sugeriram que os incêndios florestais seriam uma fonte de cloro para a atmosfera, mas apenas isto.
 Deve-se ressaltar que a quantidade de incêndios florestais é imensamente superior ao número de queimadas, que são fogos de origem antrópica. 
Os incêndios florestais fazem parte do ciclo natural das florestas, como processo de renovação da biomassa. 
Esta cresce nos períodos chuvosos e se desfaz em períodos de estiagens. Assim, de novo, essa outra fonte de cloro seria pelo menos 10 mil vezes maior que os gases refrigerantes.
O desmatamento pode alterar o clima local e global?
O desmatamento altera o clima local, por um período de tempo curto, onde a superfície fica desprotegida. Se abandonada, em menos de 20 dias já aparece uma cobertura vegetal rasteira, reiniciando o processo de retomada pela natureza. 
Nota-se que esta “alteração climática” não enquadra regime de chuvas e outros fenômenos, porque estes pertencem a outra escala. 
Assim, as alterações vão refletir na absorção, reflexão e emissão de energia, saldo de evaporação (se nenhum outro fenômeno estiver atuando) e temperatura, embora esta última seja o pior parâmetro para referenciar qualquer coisa. Quanto ao global, nada interfere.
Se o aquecimento global não existe, qual foi a importância do RIO+20, ECO 92 e de outros eventos semelhantes?
O que foi realmente discutido no RIO+20? Algo de importante? São todos eventos de carnaval fora de época, em que se discutem negócios, ou seja, quanto vai se levar nesse mercado fraudulento do carbono. 
Todos os países querem participar disto. 
Agora tem o lado obscuro de tudo isso, pois os direitos civis das pessoas começaram a entrar no jogo, bem como a criação de mais impostos e a formação de algo que ainda não conseguimos definir muito bem, entre um “eco-imperialismo” ou um “eco-totalitarismo”. 
Veja bem, teve brasileiro querendo que o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente tivesse “dentes”, a fim de manipular as nações que se não adequassem ao status quo colocado. Já daria para saber quem tomaria a mordida destes dentes, não? 
Dessa forma, estamos abrindo precedentes perigosos para a vida da humanidade e ninguém está percebendo isto?
Dizem que o nível do mar está subindo devido o derretimento das calotas polares, é verdade?
Não. O nível do mar apresenta flutuações normais devido à dilatação térmica dos oceanos, movimentos de ciclos lunares entre outros.

 De fato, os oceanos variam 15 a 25 centímetros por causa desses fenômenos e ainda podem variar até meio metro em fenômenos como La Niña ou El Niño.

Em eventos extremos, que não devem ser confundidos aqui, o mar pode subir um ou dois metros, mas isto devido aos ventos, ciclones tropicais e extratropicais. 

Quando terminam, o mar volta.
Quanto aos pólos, o Ártico é um oceano congelado que pode variar de dois a cinco metros de espessura, que derrete e congela normalmente durante as estações de verão e inverno, em que por um longo período congela mais do que derrete (saldo positivo) e depois inverte (saldo negativo).
 Em 2012 voltou a sua média normal, que leva em conta os dados dos anos de 1970 até 2000. Assim, gelo dentro da água, quando derrete vira água, não alterando em nada. 
Quanto à costa da Groenlândia, esta também apresenta alta variação de degelo e congelamento muito conhecida, fazendo parte do ciclo natural. 
O interior da Groenlândia dificilmente é afetado e não derrete há mais de 10 mil anos. 
O polo Sul é bem diferente do Norte, pois possui um continente de 14 milhões de quilômetros quadrados, cuja quantidade de gelo passa os 27 milhões de quilômetros cúbicos. Lá não tem como derreter sem que a Terra eleve suas temperaturas acima de 20ºC. 
Levando em conta a fase lunar certa, para não dar distorção entre as marés, o nível do mar está na mesma marca feita em 1841, ou seja, os oceanos, pelo menos em nível médio, continuam do mesmo jeito que estavam há mais de 170 anos.
Qual a sua opinião sobre o Protocolo de Kyoto?
É o mercado da fumaça. Não serve para nada a não ser manter os países em desenvolvimento presos nos seus grilhões de pobreza. 
Criaram-se mecanismos burocráticos sem fim para solucionar um problema que não existe. 
Muita gente ganhou rios de dinheiro com a permanência da pobreza de outros. Porém, não parou por aí, porque esse dinheiro de créditos de carbono voltou aos seus emissores, por meio da compra de produtos por eles vendidos. 
Enfim, é um esquema fiducitário da pior espécie, em que se vende débitos e grilhões ao mesmo tempo. 
O protocolo precisa acabar e nunca mais voltar.
Por ser uma minoria nessa questão ambiental, já pensou que pode estar errado?
Exatamente por sofrer todas as sanções e perseguições possíveis e imagináveis, dentro e fora do trabalho, tenho absoluta certeza de estar correto. 

Ainda mais quando toda essa turma evoca o princípio da precaução, a minha certeza é plena.

 Quer dizer que sem certeza científica de nada, precisamos pagar uma conta sobre clima e ambiente? E se tivéssemos a certeza, pagaríamos também. Para que a ciência se todas as decisões já foram tomadas?
O senhor é um dos poucos brasileiros que defendem que o aquecimento global não existe, por quê?
Porque é muito mais fácil para vida, em todos os sentidos, dizer que ele existe. Poderia pegar um trecho da minha pesquisa antártica e dizer que o número de ciclones aumentou, portanto, é prova de que o aquecimento global existe e que o homem fez isto. 

Agora dizer a verdade dá trabalho. Assim, termino com o pensamento do Dr. Ivar Giaever, Prêmio Nobel em Física. 

Ele diz ser um cético ao “aquecimento”, porque está se tornando uma religião onde não se admite questionamentos. 

Ainda completa que não interessa o número de cientistas que seguem esta falácia. O que interessa é se os cientistas estão corretos.

Fonte USP São Paulo



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