Ministério Público alega que obras teriam sido feitas sem um responsável técnico
Nivia da Silva Braido depôs no julgamento do incêndio da Boate Kiss no começo da tarde desta terça, em Porto Alegre.
Inicialmente chamada como testemunha pelo Ministério Público (MP), ela teve o depoimento questionado pelos advogados de defesa.
Assim, o juiz Orlando Faccini Neto decidiu que a arquiteta seria ouvida como informante.
A arquiteta relatou ter sido chamada pelo réu, Elissandro Spohr, o Kiko, para reformas na parte acústica da boate.
Porém, ao entregar uma proposta ao sócio da Kiss, não teve retorno.
A reforma, assim, teria sido feita sem um responsável técnico, conforme sustenta o MP.
Conforme a arquiteta, Kiko a procurou devido a ações do MP sobre o barulho e acústica da boate. Nivia afirmou que frequentou o local após as reformas e notou que algumas de suas sugestões foram feitas, mas não percebeu questões sobre o uso de espuma para isolamento acústico, material que teria sido um dos responsáveis pelo incêndio na boate.
“Mesmo questões acústicas precisam de um engenheiro ou arquiteto como responsável técnico.”
A defesa dos réus, porém, sustenta que a fiscalização deveria ter sido feita pelo MP, situação que vem gerando discussão entre os promotores a bancada dos advogados de defesa.
O depoimento foi encerrado por volta das 14h25min. O próximo a ser ouvido é Gerson da Rosa Pereira, testemunha de defesa de Spohr.
Correio do Povo