Seis vítimas do grupo foram identificadas; lucro superou os R$ 600 mil

Autoridades acreditam que os alvos não tenham sido abordados de forma aleatória. Foto: Polícia Civil/Divulgação

Pelo menos dez pessoas foram presas, na manhã desta quinta-feira (4), em razão de uma operação contra o crime de extorsão no Norte do Rio Grande do Sul. Segundo a Polícia Civil, responsável pela “Operação Sextorsão”, o grupo fez pelo menos seis vítimas no chamado “Golpe dos Nudes”.

Foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão e 20 ordens judiciais de quebra de sigilo bancário. A primeira vítima da quadrilha que foi identificada pelas autoridades vive no município de Sertão, e perdeu R$ 110 mil para os criminosos. O grupo extorquiu ao menos mais quatro pessoas – que, juntas, tiveram prejuízo de R$ 600 mil.

Em um dos casos, a vítima declarou aos policiais que chegou a pensar em tirar a própria vida em razão da pressão exercida pelos golpistas. O homem em questão perdeu todo o dinheiro que tinha e, mesmo assim, continuava sendo pressionado pelos bandidos. A quadrilha costumava exigir depósitos em valores expressivos.

Os alvos tinham um padrão: eram pessoas de alto poder aquisitivo. Por isso, a polícia acredita que eles não tenham sido abordados de forma aleatória, mas sim apontados por criminosos. A investigação acredita que há mais pessoas envolvidas no esquema e, por isso, ainda não deu a força-tarefa como encerrada.

Como funciona o “Golpe dos Nudes”

Homens são escolhidos e procurados por meio de redes sociais por pessoas se passando por mulheres bonitas, passam a trocar mensagens e fotos (algumas de caráter sensual ou sexual). A partir disso as vítimas passam a ser extorquidas, com alegações de que as supostas mulheres eram adolescentes.

Mediante ameaças de divulgação das fotos íntimas e falsos registros policiais (fotos de agentes e carteiras funcionais falsificadas), ameaças de prisão (aqui falsificações até de supostos mandados de prisão), para ceder às exigências, depositando altos valores em contas dos envolvidos.

As exigências de valores não param, vão aumentando e sendo sequenciais.

FONTE Aristoteles Junior/Rádio Guaíba